Bem-estar dos colaboradores deve ser prioridade das empresas

Pesquisa revela que 94% dos trabalhadores preferem organizações que focam na saúde dos funcionários

Foto: Freepik

Pesquisa da plataforma Wellhub mostra que 94% dos trabalhadores buscam empresas que priorizam a saúde física e mental dos funcionários. O dado evidencia a importância de ações nesse sentido para as organizações que desejam atrair e reter talentos.

 

O estudo, que ouviu mais de 5 mil profissionais, também analisa a informação pelo recorte de idade. Entre as gerações X e baby boomers, 80% priorizam empresas que cuidam da saúde dos funcionários. Já no processo de recrutamento e seleção de Millennials e geração Z, o percentual sobe para 90%.

 

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) alerta que, para contribuir com o bem-estar dos colaboradores, é preciso apoiar a inclusão e diversidade, estimular a integração entre os profissionais e priorizar uma cultura de feedbacks com uma comunicação clara e aberta ao diálogo.

 

Saúde dos funcionários aumenta produtividade 

Segundo estudo realizado pela empresa de consultoria PwC, em parceria com a Universidade do Sul da Califórnia, um trabalhador feliz é 31% mais produtivo. O sentimento de bem-estar triplica a capacidade criativa e ele se torna capaz de vender até 37% a mais.

 

Além disso, 72% dos trabalhadores relatam preferência por companhias com programas voltados para a saúde mental. Isso pode ser feito dentro da própria empresa, criando ambientes onde o bem-estar físico e emocional sejam prioridades ou por meio da terceirização de RH. Os profissionais da área são responsáveis por criar estratégias personalizadas para garantir o equilíbrio e a satisfação da equipe.

 

A psicóloga Renata Tavolaro explica que os colaboradores saudáveis têm mais energia, menos estresse e maior capacidade de autonomia na tomada de decisões. Daí resulta o aumento da produtividade no trabalho.

 

De acordo com o Sebrae, as empresas são capazes de ajudar as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida por meio de ações voltadas para a educação e políticas de incentivo à saúde no ambiente de trabalho. 

 

Isso pode ser feito com uma pesquisa para identificar quais são as maiores dificuldades dos colaboradores. A partir dos resultados, políticas de auxílio podem ser estabelecidas para melhorar o ambiente para a equipe.

Brasileiros não se consideram felizes no trabalho

Apesar da importância do bem-estar na empresa, o Índice de Bem-Estar Corporativo (IBC), estudo realizado pela plataforma de terapia on-line Zenklub, mostra que a maioria dos brasileiros não se considera feliz no trabalho. 

 

O mínimo de pontos aceitável para que um ambiente colaborativo seja emocionalmente saudável é 78. Segundo a pesquisa, o indicador de bem-estar no Brasil ficou abaixo do recomendado em 2023, com 65,4 pontos. Os dados também mostram que a insatisfação com o local profissional é maior entre as mulheres.

 

Relatório da organização de consultoria Gallup revela que o setor financeiro está entre os mais impactados por uma força de trabalho insatisfeita. Os números mostram que trabalhadores desengajados custaram cerca de 1,9 trilhão de dólares para os cofres americanos em 2023.

 

O portal Sebrae aponta que as diretrizes do ESG (Ambiental, Social e Governança, traduzido do inglês) podem ser um caminho para lidar com esses desafios. Além de empresas ESG liderarem o mercado no quesito bem-estar dos colaboradores, as práticas promovem apoio à inclusão, valorização da saúde e aderência aos direitos dos trabalhadores. 

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.