Patrulha já atendeu 8,6 mil mulheres

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O Programa Integrado Patrulha Maria da Penha (PipMP), dedicado a prestar serviços de acolhimento, proteção e orientação para mulheres vítimas de violência, completou, nesta semana, dois anos de implantação em Guarabira, de onde atende não apenas a população local, mas também moradoras de vários outros municípios do Brejo paraibano.

Desde sua chegada à região, o programa já realizou 8.616 atendimentos, garantiu a proteção de 478 mulheres com medidas protetivas, e executou 39.964 atividades — números que, na avaliação do Governo do Estado, indicam que a iniciativa vem se consolidando como uma das principais ferramentas de enfrentamento da violência contra a mulher no Brejo.

Para comemorar o aniversário e o desempenho do PipMP na região, foi promovido um evento, na última quinta-feira (27), reunindo autoridades, parceiros institucionais e representantes de 40 cidades do Brejo paraibano, incluindo Solânea, Itabaiana e a própria Guarabira. Presente na ocasião, a secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (Semdh), Lídia Moura, destacou o compromisso do governo com a causa: “A Patrulha Maria da Penha não apenas protege, mas também presta atendimento integrado, com psicólogas e assistentes sociais, mostrando que as mulheres não estão sozinhas. Esses dois anos em Guarabira comprovam que, com ação articulada, é possível salvar vidas”.

A solenidade marcou, ainda, os 10 anos da Lei do Feminicídio, contando com palestras que defenderam a importância de políticas públicas integradas e de uma Justiça sensível às questões de gênero.

“Eventos como esse são vitais para mostrar à sociedade que o Estado está trabalhando — e que os resultados aparecem. Cada mulher protegida é uma história transformada, e vamos seguir ampliando essa rede de proteção”, declarou a coordenadora do programa, Mônica Brandão. Já a coordenadora do Juizado de Mulheres do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), a juíza Graziela Queiroga, reforçou, no evento, a necessidade de um olhar atento do Poder Judiciário ao tema. “Quando aplicamos a lei com perspectiva de gênero, quebramos ciclos de violência e damos às mulheres a chance de recomeçar”, defendeu.

Cinco anos no estado

O PipMP atende mulheres com medidas protetivas, oferecendo monitoramento por equipes da Polícia Militar da Paraíba (PMPB), além de apoio psicológico, assistência social e orientação jurídica. A iniciativa é coordenada pela Semdh, em parceria com a Secretaria de Segurança e Defesa Social (Sesds), as polícias civil (PCPB) e militar do estado (PMPB) e o TJPB.

Em cinco anos de funcionamento na Paraíba, a partir de suas sedes nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira e Cajazeiras, o PipMP já realizou 43.742 atendimentos, monitorou 123.059 rotas de proteção e contemplou 3.804 mulheres em seu esquema de segurança. Atualmente, 718 paraibanas estão sob acompanhamento direto da patrulha. A próxima fase da iniciativa inclui sua expansão para a região de Patos, no Sertão, levando o PipMP a mais 151 cidades.

Acesso

Para ter acesso ao PipMP, basta apresentar o documento da Medida Protetiva de Urgência (MPU), que pode ser obtido junto à Delegacia da Mulher (Deam), à Defensoria Pública (DPE–PB), ao Ministério Público (MPPB) ou por meio do aplicativo Maria da Penha Virtual.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 29 de março de 2025.

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A União

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