Justiça converte em preventiva prisão de mãe flagrada agredindo filho de 1 ano em Campinas


Mulher de 24 anos foi presa na terça (25) por agressões contra filho de 1 ano e 3 meses. No mesmo dia, foi indiciada pela morte da filha de 1 mês, em 2022, que morreu ao amamentá-la após usar lança-perfume. Mãe foi presa por tortura e maus-tratos contra filho de 1 ano e 3 meses em Campinas (SP)
Reprodução
A Justiça converteu em preventiva a prisão da mulher de 24 anos flagrada agredindo o filho de 1 ano e três meses em Campinas (SP). A audiência de custódia foi realizada nesta quarta-feira (26).
Na terça (25), dia em que foi presa por tortura e maus-tratos contra o menino, a mulher foi indiciada pela Polícia Civil por homicídio culposo da filha, ocorrido em dezembro de 2022.
Isso ocorreu após o laudo pericial apontar que a causa da morte da menina de 1 mês e 23 dias ocorreu por intoxicação por diclorometano – ela admitiu, em depoimento, que fez uso de lança-perfume antes de amamentar.
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De acordo com o delegado Sandro Jonasson, titular do 11º DP, policiais civis chegaram até a mulher após denúncia da avó da criança, que relatou que o neto era espancado pela mãe, sendo esganado e arremessado contra a parede.
“Essa senhora entrou em contato desesperada, informando que ela estava esganando a criança. Prendemos a mãe em flagrante. A avó deu depoimento detalhado, relatando que há aproximadamente 30 dias, a criança era agredida e espancada”, disse Jonasson.
Mãe usa lança-perfume antes de amamentar e bebê morre intoxicado, segundo laudo
Indiciamento
Durante os trâmites do flagrante de maus-tratos, Sandro Jonasson contou que já tinha agendado o indiciamento da mesma mulher pelo homicídio da filha, e optou por já fazê-lo nesta terça.
O laudo da morte da criança de 1 mês e 23 dias apontou a presença de diclorometano no sangue da bebê, substância química presente em lança-perfume. Em depoimento à Polícia Civil, a mulher admitiu o consumo do entorpecente antes da amamentação.
O laudo aponta que o diclorometano é transferido pelo leite materno, e no caso da bebê, a morte ocorreu por “edema agudo dos pulmões por intoxicação exógena por diclorometano”.
‘O laudo mais o depoimento da mãe nos leva a crer que minimamente essa mãe pecou por omissão, não teve as devidas cautelas e cuidados que uma criança de um mês e meio necessita. Agora ela estava agredindo outro filho”, destacou Jonasson.
A Polícia Civil também apura a informação de que o bebê resgatado das agressões e que será encaminhado ao cuidados do Conselho Tutelar era levado pela mãe em pontos de venda de drogas – foram apreendidos entorpecentes na residência.
A mãe foi encaminhada à carceragem da cadeia feminina em Paulínia. Segundo a Polícia Civil, o pai da criança está preso e cumpre pena por tráfico de drogas.
Foto de arquivo do 11º DP de Campinas (SP)
Eduardo Rodrigues/EPTV
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