Os 100 anos de dona Alice Oliva Calegari Savaris

Os 100 anos de dona Alice Oliva Calegari Savaris

No último sábado, dia 22, uma grade festa
reuniu amigos e familiares no Loteamento Kleinubing, em Ouro, para celebrar os
100 anos de vida da senhora Alice Oliva Calegari Savaris.

 

As comemorações iniciaram às 10h com a Santa
Missa em Ação de Graças, presidida pelo pároco Frei Justino Stolf. Uma linda
celebração marcada por homenagens e simbologia que fizeram parte do cotidiano
deste centenário.

 

Ao final da celebração, a homenageada falou
da felicidade em estar completando 100 anos e que sempre reza por todos para
que tenham saúde, paz e que Deus esteja com cada um.

 

Em entrevista à Capinzal FM, dona Alice
contou que sente muito bem, com saúde e que se lembra de muitas coisas
inclusive do tempo de criança. Segundo ela, o segredo para chegar ao centenário
é amar ao próximo, ter fé em Deus e em Nossa Senhora, rezar, não odiar e fazer
o bem sem olhar a quem.

 

Histórico

 

No dia 20 de março de 1925, nasceu a
centenária Alice Oliva Calegari Savaris, filha de Sabina Argenta Calegari e
José Calegari. Os pais, juntamente com seus avós e tios, vieram de Faria Lemos,
Distrito de Bento Gonçalves (RS), em busca de terra produtiva. Compraram o
terreno em Linha Calegari, interior de Lacerdópolis, onde construíram sua
residência.

 

José e Sabina tiveram a primeira filha,
chamada Maria, que faleceu com sete anos. Alice foi a segunda. Depois vieram
Hermando (in memória), Antônio (in memória), Jorge (em memória), Carmelinda,
Serafim (em memória), Oliva e Terezinha. Ao todo o casal teve 10 filhos. Desde
o nascimento da primeira filha, Sabina começou a adoecer de depressão e com o
tempo foi piorando. Alice, por ser a mais velha, fez o papel de mãe ajudando a
criar os irmãos mais novos. Foram tempos difíceis!

 

Aos 22 anos, Alice conheceu João Balduino
Savaris em uma festa na comunidade de Linha São Pedro, interior de
Lacerdópolis, e começaram a namorar. Aos 24 anos, Alice casou-se e foi morar na
comunidade de Linha Vitória (Ouro). O casamento ocorreu no dia 22 de fevereiro
de 1949.

 

No dia 25 de dezembro do mesmo ano nasceu o
primeiro filho Valdemiro, depois Danilo, Dilse, Adélio (in memória), Alcindo e
Hermes. São seis filhos no total.

 

Então uma nova batalha começou em sua vida
com a doença do marido. Poucos anos de casada e novamente teve que ser forte.
Com ajuda do filho mais velho, Valdemiro, que assumiu o posto de pai para
seguir em frente. Aos 42 anos ficou viúva com cinco filhos. Tempos difíceis se
passaram, mas com muitas orações e fé em Deus os obstáculos foram superados.

 

Muito católica, sempre reunia os filhos para
rezar o terço e ir até a Gruta de Linha Leãozinho. Por muitas vezes subiu a
escadaria de joelhos. Ela também foi catequista.

 

Com o tempo, os filhos foram casando: Dilse
com Aquiles; Valdemiro com Deolinda; Danilo com Metilde; Alcindo com Odete e
Hermes com Anelite.

 

Alice pediu para que seu filho Valdomiro
permanecesse morando com ela. Seus filhos lhe deram 14 netos (dois em memória),
19 bisnetos e 02 tataranetos.

 

Alice sempre gostou de conversar e de
passear. Caminhava por muitos quilômetros para visitar e rever os amigos e os
familiares. Sempre visitou muito os filhos e os netos. Ficava muito feliz
sempre que podia visita-los. Fazia questão de ajudar a todos, sem distinção.
Ela afirmou que “até que pude visitei e ajudei a todos. Agora são eles que tem
que vir me ver”.

 

Até os dias atuais ela faz questão de rezar
por todos os familiares e amigos. Em suas orações, nos livros, no terço,
ouvindo a missa, comunga toda semana: sua maior alegria e realização.

 

Ela reside há 52 anos com o filho Valdemiro e
a nora Deolinda. Cheia de vida, saúde e muito feliz por ter chegado ao
centenário. Bem cuidada, dona Alice se diz grata por tudo: pela qualidade de
vida, pelas orações, por comungar frequentemente e por contar aos visitantes os
fatos que marcaram a sua vida. “Sempre muito grata por tudo”.

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