EUA proíbem entrada de Cristina Kirchner e filhos por envolvimento em corrupção

O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (21), a proibição de entrada da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner no país. A medida também afeta seus filhos, Máximo e Florencia Kirchner, e o ex-ministro do Planejamento argentino Julio Miguel De Vido.

A decisão foi comunicada pelo Secretário de Estado do governo de Donald Trump, Marco Rubio, que justificou a sanção pelo “envolvimento em corrupção significativa durante seu período em cargo público”.

Cristina Kirchner e De Vido são réus em processos de corrupção na Justiça argentina. A ex-presidente já foi condenada em duas instâncias e recorreu à Suprema Corte.

O Departamento de Estado dos EUA afirmou que “continuará a promover a responsabilização daqueles que abusam do poder público para ganho pessoal” e destacou o compromisso do governo em combater a corrupção em nível global.

Cristina Kirchner reagiu ao anúncio em seu perfil no X, acusando o atual presidente da Argentina, Javier Milei, de ter solicitado as sanções ao governo norte-americano. Milei é adversário político de Kirchner e manteve proximidade com Trump desde sua eleição. Em novembro de 2024, ele foi o primeiro líder estrangeiro a se reunir com Trump após sua vitória nas urnas.

Cristina Kirchner governou a Argentina de 2007 a 2015, sucedendo seu marido, Néstor Kirchner. Ela voltou ao poder como vice-presidente de Alberto Fernández entre 2019 e 2023, período em que os dois romperam politicamente. De Vido foi ministro do Planejamento de 2003 a 2015, atuando nos governos de Néstor e Cristina Kirchner.

Fonte: G1

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