Governo lança ofensiva publicitária para reverter impopularidade de Lula

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Com a popularidade em baixa, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início nesta semana a um pacote de campanhas publicitárias com foco em três eixos: a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, o resgate de símbolos do nacionalismo brasileiro e a valorização de programas como Farmácia Popular e Pé-de-Meia.

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A estratégia de comunicação foi desenhada pela Secretaria de Comunicação (Secom) sob o comando do recém-empossado ministro Sidônio Palmeira, que em janeiro prometeu apresentar resultados em até três meses. O prazo, segundo o próprio governo, se encerra em abril.

De acordo com o Datafolha, a aprovação do governo Lula caiu para 24% em fevereiro, o menor índice de seus três mandatos, enquanto a rejeição subiu para 41% — também um recorde.

Um dos carros-chefes da campanha é a proposta que isenta de IR quem ganha até R$ 5 mil. O projeto, entregue à Câmara na quarta-feira (19), prevê ainda descontos parciais para quem recebe até R$ 7 mil.

As peças publicitárias, já no ar nas redes sociais, TV e rádio, adotam o discurso da justiça fiscal:

“Sabe o que é justo? Renda mais baixa, menos imposto, e um pouco mais de contribuição de quem ganha muito mais”, diz um dos posts no Facebook.

A campanha, criada pela agência Nacional, apresenta comparações visuais mostrando o impacto da mudança no bolso de profissionais como professores, motoristas e enfermeiras.

Outra frente de comunicação, intitulada “Brasil dos brasileiros”, busca reapropriar símbolos nacionais usados pela oposição e criar empatia com o cotidiano da população. A campanha, criada pela agência Calia, estreia na segunda-feira (23) e será dividida em três fases, começando pela Bahia, estado de origem dos ministros Sidônio Palmeira (Secom) e Rui Costa (Casa Civil), além de ser um reduto histórico do PT.

A proposta é valorizar as diferenças regionais, mas com um discurso unificado de orgulho nacional, mirando inclusive o eleitorado bolsonarista.

Um terceiro eixo vai divulgar um balanço dos dois primeiros anos de governo, destacando entregas como o Farmácia Popular e o Pé-de-Meia. Paralelamente, está sendo preparada a campanha “Prospera Mais”, voltada a empreendedores e programas de incentivo ao crédito.

O governo também planeja um grande evento no dia 2 de abril, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, com a presença de Lula e ministros. A apresentação, que terá o mote “O Brasil dando a volta por cima”, não substitui o slogan oficial “União e Reconstrução”, mas pode sinalizar uma possível reformulação futura.

Embora Sidônio Palmeira tenha dito, em reunião com assessores no último dia 14, que “não pensa na eleição de 2026, mas em ganhar 2025”, o calendário publicitário tem efeitos diretos no planejamento eleitoral. A veiculação intensa de abril e maio servirá para compor a média de gastos do primeiro semestre de 2026, ano eleitoral, e evitar que a Secom perca espaço na cota publicitária permitida por lei.

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Fonte : Hora Brasilia

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