Curiosamente, procuradora do MPC buscou diálogo com presidente da ALPB antes da nomeação de Alanna Galdino para o TCE

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Publicado em: 20 mar 2025

A procuradora Sheila Barreto, do Ministério Público de Contas (MPC), tentou uma reunião com o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino, antes da indicação de Alanna Galdino para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB). No entanto, devido à agenda cheia do presidente, o encontro não aconteceu.

O que chama atenção nesse episódio é a possibilidade de que a pauta desse encontro fosse justamente a vaga no TCE-PB. Teria a procuradora interesse na indicação para o cargo de conselheira? A dúvida surge porque, logo no primeiro dia após a nomeação de Alanna Galdino, Sheila Barreto assinou uma representação questionando a rapidez do processo e pedindo a suspensão da posse da nova conselheira.

A representação, assinada também pela procuradora Isabella Barbosa Marinho Falcão, alega possíveis violações aos princípios da moralidade e impessoalidade, além de questionar a qualificação técnica da indicada e apontar um suposto risco à independência do TCE. No entanto, a rapidez com que o MPC apresentou a ação levanta questionamentos: se a procuradora já buscava um diálogo antes da nomeação, isso indica que já estava acompanhando o processo? O pedido de suspensão já estava pronto antes mesmo da posse?

Além disso, nos bastidores, a representação está sendo vista como uma possível retaliação. A tentativa frustrada de reunião e a celeridade na ação contra a posse de Alanna Galdino alimentam a suspeita de que Sheila Barreto, ao não conseguir um espaço na disputa pela vaga, teria decidido questionar a indicação.

Outro ponto a ser observado é que a nomeação seguiu os trâmites legais, sendo aprovada pelo plenário da ALPB e, posteriormente, pelo próprio Tribunal de Contas. Como órgão auxiliar da Assembleia, o Ministério Público de Contas pode estar extrapolando seu papel ao tentar barrar uma nomeação que já passou pelo crivo dos conselheiros?

O episódio evidencia um embate institucional e abre espaço para questionamentos sobre os interesses por trás da disputa pela vaga no TCE-PB. Afinal, a contestação apresentada pelo MPC é uma atuação legítima de fiscalização ou uma reação à perda de espaço na indicação?

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