Pastor de MT é alvo de operação por extorsão a comerciantes com taxa sobre galões de água


Pastor está foragido no Rio de Janeiro e é apontado como o mentor do esquema denominado Projeto Água 20LT. Grupo ameaçava comerciantes a pagar a taxa de R$1 por galão vendido. Operação Falso Profeta cumpre mandados em Cuiabá e Várzea Grande
A Polícia Civil de Mato Grosso realiza, na manhã desta quinta-feira (20), a Operação Falso Profeta para desarticular um esquema de extorsão comandado por um pastor em Cuiabá e Várzea Grande. Investigado por obrigar comerciantes a comprar galões de água exclusivamente do grupo criminoso e cobrar uma taxa ilegal de R$ 1 por unidade vendida, o suspeito está foragido no Rio de Janeiro.
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A operação cumpre 30 ordens judiciais contra a organização envolvida no golpe. São cumpridos sete mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias que podem somar até R$ 1,5 milhão. A operação também inclui o sequestro de veículos e a proibição de atividades econômicas para empresas ligadas à facção.
Segundo a polícia, as investigações tiveram início em 2024. O pastor é apontado como o mentor do esquema, denominado Projeto Água 20LT.
Os criminosos utilizavam um grupo de WhatsApp para monitorar as distribuidoras de água. No início, a abordagem era amigável, mas evoluiu para ameaças e extorsão, com membros da facção indo pessoalmente até os comerciantes para impor regras.
Operação Falso Profeta em MT
Polícia Civil de Mato Grosso
Além disso, a facção operava um caminhão próprio para distribuição de água e mantinha uma empresa de fachada para lavar o dinheiro obtido com a extorsão. Parte dos lucros era enviada diretamente ao Rio de Janeiro.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) da Capital e são cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e no Rio de Janeiro (RJ).
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Operação Aqua Ilícita
O mesmo grupo criminoso também é alvo de outra operação nesta quinta-feira (20), realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Cada uma das investigações possui alvos diferentes.
A Operação Aqua Ilícita cumpre ordens judiciais em Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop. Ao todo, são cumpridos 60 mandados de busca e apreensão, 12 mandados de prisão e sequestro de bens e valores, incluindo 33 veículos.
O grupo prejudicava comerciantes de água mineral e aumentava os preços para os consumidores. Os criminosos cobravam um alto preço em liberdade e controle econômico de comerciantes.
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