Trump diz que perdões concedidos por Biden são ‘nulos’ porque democrata usou caneta automática


Republicano usou as redes sociais para provocar o antecessor, dizendo que os Estados Unidos tiveram ‘um garoto de 12 anos como presidente’, e também os responsáveis pelas investigações que ele sofreu durante os anos que esteve longe da Casa Branca. Donald Trump provoca Joe Biden por uso de caneta automática para assinar
Instagram/Reprodução
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou as redes sociais para provocar o antecessor, Joe Biden, e adversários políticos nesta segunda-feira (17).
O republicano, que foi alvo de várias investigações durante o mandato democrata na Casa Branca, de 2021 a 2025, criticou Biden pelo uso de uma caneta automática para assinar ordens executivas:
“Nós tivemos um garoto de 12 anos como presidente”.
Além disso, sob esse argumento, alegou que os perdões concedidos por ele ao fim do mandato são nulos e ainda afirmou que o antecessor não tinha conhecimento sobre eles.
Entre os perdões dados pelo democrata estavam potenciais alvos de Trump, como membros da comissão do Congresso que investigou o republicano e testemunhas do ataque de 6 de janeiro ao Capitólio. Biden os concedeu sob o argumento que eles não mereciam “ser alvos de processos injustificados e politicamente motivados”.
“Os ‘perdões’ que Joe Biden sonolento deu ao comitê de bandidos políticos e muitos outros são aqui declarados nulos, vazios e sem mais força ou efeito, devido ao fato de que foram assinados com caneta automática. Em outras palavras, Joe Biden não os assinou. E, mais importante, ele não sabia nada sobre eles! Os documentos de perdão necessários não foram explicados ou aprovados por Biden. Ele não sabia nada sobre eles e as pessoas que sabiam podem ter cometido um crime”, escreveu Trump em post na plataforma Truth Social.
O presidente americano continuou a postagem chamando as investigações contra ele e “outras pessoas inocentes” de “caça às bruxas” e anunciou que todos os que estiveram envolvidos nelas sofrerão “investigação no mais alto nível”.
“Aqueles do comitê que destruíram e apagaram todas as evidências obtidas durante sua caça às bruxas de dois anos contra mim, e muitas outras pessoas inocentes, devem entender que estão sujeitos à investigação no mais alto nível. O fato é que eles provavelmente foram responsáveis ​​pelos documentos que foram assinados em seu nome, sem o conhecimento ou consentimento do pior presidente da história do nosso país, o Joe Biden corrupto”, atacou.
Os perdões concedidos por Biden
Nos minutos finais de seu mandato, Joe Biden também concedeu perdões presidenciais a mais membros de sua família. Cinco familiares foram beneficiados, incluindo dois irmãos –seu filho, Hunter, já havia sido perdoado em dezembro.
Os cinco familiares perdoados são James B. Biden, Sara Jones Biden, Valerie Biden Owens, John T. Owens e Francis W. Biden. Entre eles, dois são irmãos de Biden.
“Minha família tem sido alvo de ataques e ameaças incessantes, motivados unicamente pelo desejo de me prejudicar — o pior tipo de política partidária. Infelizmente, não tenho motivos para acreditar que esses ataques cessarão. A concessão desses indultos não deve ser interpretada como um reconhecimento de que cometeram qualquer irregularidade, nem sua aceitação deve ser vista como uma admissão de culpa por qualquer crime”, afirmou Biden no comunicado.
O comunicado da Casa Branca foi emitido em meio às cerimônias para a posse de Donald Trump como 47º presidente dos EUA.
Biden afirmou também que, apesar de acreditar no Estado de Direito e nas instituições democráticas dos EUA, “investigações infundadas e motivadas politicamente causam estragos na vida, na segurança e na estabilidade financeira dos indivíduos e de suas famílias”.
O democrata já havia perdoado “total e incondicionalmente” seu filho Hunter em dezembro de 2024.
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