Delegado que teve vídeo íntimo gravado com câmera escondida em motel e vazado na eleição é exonerado em MT


Eric Márcio Fantin já esteve envolvido em outras polêmicas, incluindo investigações contra políticos e acusações de ameaças de morte. Delegado Eric Márcio Fantin foi exonerado do cargo nessa sexta-feira (14)
Reprodução
O delegado Eric Márcio Fantin foi exonerado do cargo na Polícia Civil de Mato Grosso nessa sexta-feira (14), conforme publicação no Diário Oficial do Estado. A decisão foi assinada pelo governador Mauro Mendes, com base em um relatório da Comissão Permanente de Avaliação de Estágio Probatório, que analisou seu desempenho na corporação.
O g1 tenta contato com Eric Fantin.
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A saída do delegado ocorre após um histórico de polêmicas, incluindo um vídeo íntimo vazado, investigações contra políticos e alegações de ameaças de morte.
Histórico de polêmicas: vídeo íntimo e acusações de armação política
Fantin ganhou notoriedade durante as eleições municipais de 2024, quando foi candidato a prefeito de Brasnorte (MT) pelo Partido Liberal (PL). Em agosto daquele ano, um vídeo íntimo seu começou a circular nas redes sociais.
Na época, o delegado admitiu ser o homem no vídeo e afirmou que a gravação aconteceu durante um período em que estava separado da esposa. Ele alegou ter sido vítima de uma armação política, acusando adversários de pagar para que a mulher no vídeo o gravasse sem seu consentimento.
O caso teve grande repercussão e resultou na prisão de um cabeleireiro, suspeito de editar e compartilhar as imagens em grupos de WhatsApp. A gravação, feita sem o consentimento de Fantin, ocorreu em um motel, onde a mulher que aparece no vídeo teria utilizado uma câmera escondida.
Com o escândalo, a então candidata a vice-prefeita na chapa de Fantin, Terezinha Seibt (PSB), desistiu da candidatura, e a direção estadual do PL abriu uma investigação para apurar a conduta do delegado.
Transferência e alegações de ameaça
Fantin já havia sido transferido da Delegacia de Brasnorte para Juara, em 2023, após conduzir investigações envolvendo políticos locais. O delegado afirmou que estava sendo perseguido e que criminosos teriam oferecido R$ 1 milhão por sua morte.
Apesar das alegações de ameaça, a Polícia Civil negou qualquer relação entre a remoção do delegado e investigações em curso, afirmando que sua transferência foi baseada em análises técnicas.
O documento oficial do governo aponta o não cumprimento das determinações do Estatuto da Polícia Civil como motivo para a exoneração de Eric Fantin. Embora ele tenha atribuído sua saída a questões políticas, a decisão foi fundamentada em um relatório da Comissão Permanente de Avaliação de Estágio Probatório.
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