Uma mudança regulatória dá impulso à tese de ativos distressed da JiveMauá

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Taxas de juros em elevação, economia em desaceleração e altas taxas de inadimplência (de consumidores e empresas) são oportunidades para quem investe em ativos distressed. Esse é o caso da JiveMauá, gestora com R$ 22 bilhões sob gestão, cuja sua origem é apostar nessa classe de ativos.

Mas é uma mudança regulatória do Conselho Monetário Nacional (CMN) que deve dar impulso aos investimentos da JiveMauá em 2025. Uma resolução mudou a forma de avaliar o risco no sistema bancário. Antes, era pelo risco incorrido. Agora, é pelo provável.

“E isso tem feito com que alguns bancos, adaptando seus modelos e precificação de risco, vendam alguns de seus ativos. Antes, os bancos tinham incentivos para rolar a dívida e adicionar garantias. Agora, vão precisar marcar a probabilidade de default”, afirma Mateus Tessler, sócio da JiveMauá, em entrevista ao Café com Investidor, programa do NeoFeed que tem o apoio do Santander Select.

Essa mudança pega a JiveMauá com R$ 900 milhões para investir – recursos que precisam ser aportados até o fim deste ano, quanto termina a fase de investimento do fundo 4 da gestora.

E, de acordo com Tessler, essa cenário tem criado oportunidades de liquidez até para boas companhias. “São empresas que são boas e que precisam de um refinanciamento ou de um alongamento (da dívida). E conseguimos fazer isso com nossos fundos”, afirma Tessler.

Desde 2015, quando captou o primeiro fundo de R$ 500 milhões, a JiveMauá já levantou quatro veículos. O segundo alcançou R$ 1,709 bilhão. O terceiro, R$ 3,5 bilhões. E o quarto, que ainda está em fase de investimento, R$ 2,8 bilhões. Soma-se a essas cifras bilionários coinvestimentos de R$ 1,8 bilhão.

A meta é conseguir um retorno líquido (descontadas as taxas e custos) de 20% no bolso dos clientes. O fundo 1 teve um retorno de 19%. O 2, que investiu bastante em precatórios e legal claims, atingiu CDI + 4%. E o 3 e 4, segundo Tessler, estão mais próximos da meta da JiveMauá.

Nesta entrevista que você assiste no vídeo acima, Tesller explica as estratégias da JiveMauá para investir em ativos distressed e em special situations, fala sobre o caso da Orizon, diz como avalia os riscos desta classe de ativos e o que faz para manter a calma nas negociações.

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Neofeed

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