Padilha toma posse na Saúde com discurso focado na política e na defesa do governo

Padilha exaltou a reconstrução da Saúde sob o comando da ex-ministra Nísia Trindade, destacando que ela assumiu a pasta após um período de “negação da pandemia” no governo Jair Bolsonaro. O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tomou posse nesta segunda-feira (10) em cerimônia no Palácio do Planalto, com um discurso marcado pela defesa do governo Lula, menções ao cenário político e críticas ao governo anterior.
Padilha exaltou a reconstrução da Saúde sob o comando da ex-ministra Nísia Trindade, destacando que ela assumiu a pasta após um período de “negação da pandemia” no governo Jair Bolsonaro.
“Foi esse cenário de negação da pandemia que minha colega Nísia encontrou ao assumir o Ministério da Saúde em 2023. Nísia, o Brasil agradece a você e à sua equipe pela reconstrução do MS. Muito obrigado, Nísia e sua equipe.”
O ministro também prometeu um esforço nacional para ampliar a vacinação e fortalecer o SUS:
“Se prepara, Zé Gotinha, nós vamos andar muito esse país para vacinar.”
Articulação política e papel na defesa do governo
Antes de ser indicado para a Saúde, Padilha atuava como ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), posição estratégica na articulação do governo com o Congresso. Ele lembrou sua passagem pelo cargo e destacou a confiança de Lula ao indicá-lo para a nova função:
“Encerro meu percurso como SRI como o que mais tempo ficou nesse cargo. Somando a primeira passagem e a segunda, são ao todo 3 anos, 4 meses e 11 dias. Muito obrigado, presidente Lula. Minha gratidão por me indicar para uma nova missão. Nada deixaria mais feliz um médico, pesquisador e defensor do SUS do que a indicação para ser ministro da Saúde.”
Padilha também reforçou a necessidade de reduzir o tempo de espera para atendimentos especializados no Sistema Único de Saúde (SUS):
“Todos os dias vou trabalhar para buscar o maior acesso e o menor tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no nosso país. Não há solução mágica para um gargalo que ultrapassa décadas e que se agravou com a pandemia e o descaso do governo anterior.”
Menção ao 8 de janeiro e defesa da política econômica
O novo ministro citou os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 e afirmou que a tentativa incluía um atentado contra Lula e Alckmin.
“Juntos, conseguimos impedir o golpe de 8 de janeiro, um plano sórdido que incluía o assassinato de Lula e Alckmin. Se eles tivessem tido sucesso, Lula e Alckmin não estariam aqui, este salão estaria vazio. Mas vencemos, nós ainda estamos aqui.”
Padilha fez agradecimentos a figuras políticas que ajudaram na articulação do governo, como Jaques Wagner, Randolfe Rodrigues, José Guimarães, Arthur Lira, Rodrigo Pacheco, Luiz Carlos Motta e Davi Alcolumbre.
Ele também defendeu a política econômica do governo e afirmou que o ajuste fiscal foi feito sem prejudicar os mais pobres:
“Fizemos o terceiro maior ajuste fiscal, não com fome, não com sacrifício da população que mais precisa.”
A posse de Padilha fortalece o perfil político do Ministério da Saúde, pasta com o maior orçamento da Esplanada e considerada essencial para a relação do governo com o Congresso Nacional e para a popularidade de Lula.
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