Na Caixa Seguridade, um follow-on “protocolar”

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A Caixa Seguridade anunciou que entrou com pedido de registro de uma oferta secundária de ações. De acordo com o fato relevante enviado ao mercado, a empresa vai vender 82,5 milhões de papéis de emissão própria e de titularidade da Caixa Econômica Federal.

Desta forma, a negociação poderá movimentar até R$ 1,3 bilhão, com base no valor do fechamento das ações da sexta-feira, 7 de março. Os papéis encerraram o pregão cotados a R$ 15,99.

A oferta, que será coordenada por Itaú BBA, Caixa, BTG Pactual, Bank of America e UBS, tem como objetivo adequar a companhia ao porcentual mínimo de ações em circulação no mercado, de 20%, indicado pelo Novo Mercado da B3, onde a Caixa Seguridade está listada. Atualmente, a empresa tem 17,25%.

“Por se tratar de uma oferta pública exclusivamente de distribuição secundária, não havendo, portanto, diluição dos atuais acionistas da companhia, não será concedida prioridade para aquisição das ações, conforme disposto no artigo 7º da Resolução CVM 160”, afirmou a empresa no documento.

A transação, que já era esperada pelo mercado, marca o primeiro follow-on de 2025 e interrompe uma fase de “seca” do segmento, que teve sua última operação realizada pela Eneva em outubro de 2024.

A movimentação, no entanto, não pode ser considerada como uma retomada do mercado de capitais, já que se trata de uma oferta apenas “protocolar”. Nos 12 meses, foram realizados apenas 9 follow-ons, menos da metade dos 22 registrados ao longo de 2023.

A movimentação chama a atenção dos investidores, já que a Caixa é uma das poucas empresas da última safra de IPOs que se destacou na Bolsa de Valores, acumulando uma valorização de aproximadamente 60% desde sua entrada na B3, em abril de 2021.

Com isso, além do follow-on, a empresa também afirmou que serão realizados esforços para inserir suas ações nos Estados Unidos, com foco nos investidores institucionais qualificados. Essa abertura internacional foi uma das motivações da B3 para ditar novas regras ao Novo Mercado ao longo de 2024.

Além da porcentagem de ações, as mudanças trazem novas exigências de governança corporativa, como o aumento no número de conselheiros independentes no board, além de novo limite de tempo para sua atuação dentro da empresa, fatores que ainda estão sendo ajustados dentro das companhias listadas.

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Neofeed

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