Denúncias apontam retaliação na área da saúde aos moradores que não apoiaram o prefeito de São José de Caiana

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Publicado em: 10 mar 2025


A gestão municipal de São José de Caiana está no centro de uma polêmica após denúncias de retaliação política contra eleitores da oposição. Moradores afirmam que a Secretaria de Saúde estaria cancelando exames médicos previamente agendados e negando transporte para tratamentos em outros municípios a cidadãos que não apoiaram o prefeito Manoel Moleque (PL) na última eleição.

As acusações reforçam um histórico de supostas perseguições políticas já denunciadas anteriormente. No setor de Agricultura, por exemplo, agricultores opositores teriam sido excluídos do programa de corte de terras, o que resultou na abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal.

Relatos de moradores e reação da oposição

Para alguns moradores, o acesso à saúde, um direito fundamental garantido pela Constituição, estaria sendo usado como ferramenta de coerção política. “Agendei meu exame há meses e, de repente, me disseram que foi cancelado sem previsão de nova data”, declarou uma moradora sob anonimato, temendo represálias.

Diante da gravidade das acusações, vereadores da oposição cobram providências do Ministério Público para investigar as denúncias e garantir que o direito à saúde seja respeitado sem interferências políticas. O presidente da Câmara, Damião de Danda, classificou a situação como “um abuso de poder que fere os princípios democráticos”.

Os parlamentares Ronildo Moura (PDT), Juninho (PL), Bola de Peba (PDT) e Natin (PL) já anunciaram que irão acionar o Ministério Público da Paraíba para apurar os fatos e, se necessário, levar o caso à esfera judicial.

O que diz a gestão municipal?

Em nota, a Secretaria de Saúde de São José de Caiana negou as acusações e alegou que os cancelamentos ocorreram por motivos operacionais, sem qualquer viés político.

“A Secretaria de Saúde de São José de Caiana vem a público esclarecer que, no caso da usuária que teve o pedido de uso do serviço de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) negado, a decisão se deu exclusivamente pelo fato de que o serviço deve ser previamente agendado, e, naquela data específica, não havia vaga disponível. Ressaltamos que, para casos de urgência e emergência, o município dispõe de transporte próprio para atender essas situações de forma imediata”, diz a nota.

A Secretaria também afirmou que “não há qualquer tipo de discriminação na oferta e no acesso aos serviços públicos de saúde” e reforçou que a divulgação indevida de informações pessoais pode configurar crime, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Enquanto as investigações não avançam, a população segue cobrando respostas e medidas concretas para garantir que os serviços públicos sejam prestados de forma isonômica, sem influências políticas.

 

 

Com O Povo PB

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