Morador denuncia problema de elevador no prédio do CISS/CTA de Balneário Camboriú

Um morador procurou o jornal para reclamar de um problema recorrente e que o Página 3 já denunciou diversas vezes – a situação do elevador do prédio do Centro Integrado Solidariedade e Saúde e do Centro de Testagem e Aconselhamento, localizado na Rua 2.350, esquina com a Quarta Avenida, que está sem funcionar por conta de problemas técnicos. Além disso, o leitor também apontou dificuldade para pegar a medicação para o tratamento dos casos de tuberculose.

Segundo o denunciante, o elevador do prédio do CISS/CTA está desde setembro do ano passado sem funcionar.

“Fui ao local de novo levar um familiar e me deparei com a mesma situação. O elevador estava desligado por estar estragado, aí vem a pergunta: e se alguém que precisa de acessibilidade para se locomover até o segundo ou terceiro andar? Não consegue. Principalmente um cadeirante. Peço mais atenção da prefeitura e da nossa prefeita Juliana Pavan para fiscalizar”, disse.

Foto ilustrativa de medicação utilizada na rede pública para tratamento da tuberculose (Foto Agência Saúde)

A respeito da medicação de tuberculose, ele explicou que há a sala da tuberculose e os remédios ficam nesta sala, ao invés de ficarem na farmácia. O leitor contou que os farmacêuticos do CISS/CTA não querem que fique na farmácia onde também são entregues os remédios de HIV.

“Farmácia é para ter os remédios! Mas as chaves deste armário onde ficam o remédios da tuberculose ficam com uma funcionária pública, ou seja, ninguém tem mais acesso a chave, aí um paciente precisou pegar o remédio e, ao chegar lá, a funcionária havia faltado por motivo particular, aí o absurdo: o farmacêutico não tinha chave para abrir o armário, o paciente precisava viajar, ficou sem o remédio. Coisa grave, né? O que estão pedindo é que o remédio de tuberculose fique na farmácia do CISS, aí o paciente teria acesso”, explicou.

O que diz a secretária de Saúde

O jornal procurou a secretária de Saúde, Aline Leal, que estava ciente de ambas as situações.

Sobre o elevador da unidade, ela disse que ainda na segunda semana de governo, no início de janeiro, foi até o prédio do CISS/CTA, pois o problema no elevador era sua ‘pauta número 1’.

“Acho absurdo não ter elevador, é fim do mundo esse elevador estragado. Fui atrás e o que acontece é que pegamos o CISS/CTA sem contrato de aluguel. Podiam ter nos despejado. A diretora da Secretaria de Saúde foi lá, se reuniu com o pessoal e com a dona do prédio. Tem orçamento para arrumar o elevador, é no valor de R$ 60 mil, mas é prédio alugado e com contrato mal feito. O Ministério Público identifica que eu como secretária, se investir isso (R$ 60 mil) em prédio alugado, pode entrar como improbidade administrativa”, informou.

Segundo Aline, o prédio já foi avaliado e o novo contrato já está no Compras, pois precisará de reajuste no aluguel, além de, segundo a secretária, ser mal feito e complicava para a prefeitura e a dona do prédio.

“Emergencialmente renovamos o contrato, a Comissão Municipal de Valores (Comunval) já avaliou, temos três orçamentos, provavelmente em mais 30 ou 40 dias devemos resolver. A dona do prédio informou que só iria consertar o elevador mediante reajuste do contrato, que está tramitando. Posso dizer com propriedade que vamos ter conserto e renovação do aluguel, mas estamos verificando, porque precisávamos de espaço melhor para os pacientes que são atendidos ali”, acrescentou.

Sobre a situação dos remédios de tuberculose, a secretária disse que já sabia da situação da medicação, inclusive a direção do CISS/CTA teria informado para ela que mudaram o fluxo de atendimentos.

Aline apontou que há um grupo de pacientes que são mais fechados e quando a medicação ficava na farmácia, não tinha ‘toda a entrega e orientação que o outro profissional [da sala da tuberculose] faz’.

“Identificamos isso e pontuamos que todos têm que ter acesso à sala. Estão mapeando todos os fluxos (com funcionária efetiva nova), porque às vezes o paciente chega sem ser agendado. Queremos fazer mudança efetiva de fluxos e para isso temos que fazer descongelamento, explicar para os funcionários a importância de mudar, mas foi identificado e estamos alterando, inclusive já está em funcionamento desde 18 de fevereiro”, pontuou.

Aline comentou ainda que providenciaram que estejam aptos a entregar os medicamentos tanto pela manhã como também à tarde, para melhor atender aos pacientes.

“Acredito muito que temos bons profissionais na nossa rede e o que sinto é que não tive oportunidade de ficar muito tempo em cada unidade e quero fazer isso, dar acolhimento, capacitação para os profissionais. Estamos vendo de que forma podemos integrar e qualificar os servidores, isso para o segundo semestre. Vamos fazer também pesquisa de clima com os servidores da saúde, estamos organizando essa demanda e faremos até os 100 dias de governo”, completou.

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