Bolsonaro lembra que Dino derrubou portões da UFMA e julgará 8/1

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou uma referência a uma reportagem em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, é citado entre coordenadores de um ato de vandalismo que derrubou os portões da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em 1988. A publicação foi feita ontem (5), na véspera do limite para Bolsonaro apresentar sua defesa contra a denúncia que o acusa de tramar um golpe e fomentar ataques que destruíram as sedes dos Três Poderes da República.

A postagem sobre a reportagem da revista Veja soa provocativa, pelo fato de Dino assumir o papel de julgar, no STF, outros acusados de destruir o patrimônio público, como também foi acusado de ter feito durante o governo de José Sarney (MDB). A citação ao ministro é feita em relatório do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), criado pela ditadura militar e preservado até a época em que Dino coordenava o movimento estudantil durante seu curso de Direito, na universidade federal maranhense.

No relatório “confidencial” datado de junho de 1988, o SNI acusa Flávio Dino de insuflar estudantes, ao liderar um protesto durante um plebiscito junto à comunidade acadêmica da UFMA sobre a escolha de seus reitor e vice-reitor, que acabou resultando na derrubada parcial dos portões da reitoria. O protesto tentava evitar a entrada de pessoas não credenciadas na reitoria.

“Esse público, a maioria era de estudantes e professores, não se conformou com a medida e, proferindo palavras de ordem, passou a pressionar os guardas de segurança da UFMA, responsáveis pelo controle dos portões de acesso à reitoria, insuflados, principalmente, pelos atuais coordenadores do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMA, Flávio Dino de Castro e Silva […]”, disse o documento do SNI revelado pela Veja, que troca o último sobrenome do ministro, que é Costa.

“As manifestações foram se avolumando e os descontentes forçaram os portões da reitoria, derrubando-os parcialmente”, prossegue o SNI.

O relatório também relatou que o então reitor pediu providências à Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, que enviou um pelotão de choque à UFMA. E a reunião foi adiada, “após a multidão ser contida pelos policiais e de negociações entre as autoridades universitárias e manifestantes mais exaltados”.

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Fonte

Diario do Poder

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