2025 precisa de multilateralismo e não ruptura, diz Lula em artigo

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Petista assina texto publicado pelo “O Globo” com Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, e Pedro Sánchez, presidente do governo da Espanha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina um artigo de opinião em conjunto com Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, e Pedro Sánchez, presidente do governo da Espanha. O texto “Unindo forças para superar desafios globais” foi publicado nesta 5ª feira (6.mar.2025) no jornal O Globo e no francês Le Grand Continent

Os líderes dizem que 2025 “será decisivo para o multilateralismo”. Citam desafios como desigualdades crescentes, mudanças climáticas e deficit de financiamento para o desenvolvimento sustentável. Segundo eles, esses temas “são urgentes e estão interconectados”. 

Eis os temas abordados por Lula, Ramaphosa e Sánchez no artigo: 

  • momento multilateral” que não pode ser desperdiçado – os líderes afirmam que “a confiança no multilateralismo está sob tensão”, mas que “nunca houve tanta necessidade de diálogo e cooperação global”. Para eles, o multilateralismo “continua sendo o veículo mais efetivo para abordar desafios compartilhados e avançar em áreas de interesse comum”; 
  • abordar a desigualdade por meio de uma arquitetura financeira renovada – os políticos disseram ser preciso reformar a “arquitetura financeira global” para “dar mais voz e representatividade aos países do Sul Global”. Eles citam medidas como o alívio de dívidas, a promoção de mecanismos de “financiamento inovadores” e a identificação e abordagem de “causas do alto custo do capital” para países em desenvolvimento. Falam ainda em “cooperação financeira internacional mais robusta” e “aprimoramento da taxação da riqueza global”; 
  • financiar transições justas para desenvolvimento limpo com resiliência climática – conforme os líderes, a falta de recursos faz com que “muitos países em desenvolvimento” não consigam realizar “uma transição climática justa”. Por isso, a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), que será realizada em Belém, terá o papel de assegurar que os compromissos de financiamento climático “sejam traduzidos em ações concretas”; 
  • resposta global e inclusiva às ameaças globais – o mundo, disseram os políticos, “está cada vez mais fragmentado” –razão pela qual é preciso “redobrar os esforços para encontrar uma base comum”. 

Conforme os políticos, 3 eventos marcados para 2025 “oferecerão uma oportunidade única de estabelecer um caminho em direção a um mundo mais justo, inclusivo e sustentável”. São eles: 

  • a FfD4 (4ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento), em Sevilha (Espanha); 
  • a COP30, em Belém (Brasil); 
  • a Cúpula do G20, em Joanesburgo (África do Sul).

Segundo eles, “essas reuniões não podem ser apenas mais do mesmo” e “precisam entregar progressos reais”.

Eles escreveram: “Em Sevilha, trabalharemos no sentido de mobilizar capital público e privado para o desenvolvimento sustentável, reconhecendo a inseparável relação entre estabilidade financeira e ação climática. Em Joanesburgo, o G20 reafirmará a importância de um crescimento econômico inclusivo. E, em Belém, estaremos lado a lado para proteger nosso planeta”. 

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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