Bronquiolite: entenda os sintomas e consequências da doença que deixou filho de Filho de Virginia internado


A bronquiolite é uma síndrome respiratória que acomete as vias aéreas. A doença dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões. O vírus se multiplica nas células do aparelho respiratório superior. Bronquiolite: o que é, sintomas e como tratar
O filho caçula de Virginia Fonseca, José Leonardo, está internado em um hospital com bronquiolite. Em suas redes sociais, a mãe disse que o menino não está em estado grave, mas precisa de tratamento intensivo.
A doença começa com sintomas de resfriado comum, mas que podem evoluir de forma prejudicial. O VSR (vírus sincicial respiratório) está associado a até 80% dos casos de bronquiolite, inflamação que dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões, e a até 40% dos registros de pneumonia em crianças menores de 2 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Existe vacina disponível contra o VSR na rede privada e o Sistema Único de Saúde (SUS) já anunciou que também vai oferecer o imunizante (leia mais abaixo).
José Leonardo, filho de Virginia e Zé Felipe, está internado em hospital – Goiás
Reprodução/Instagram
“A bronquiolite é uma situação clínica que se caracteriza por uma inflamação que leva ao estreitamento da luz dos bronquíolos [ramificações finas responsáveis por conduzir o ar dentro dos pulmões]”, explica Marcelo Otsuka, coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia.
“E quanto menor a criança, maior o comprometimento da ventilação para poder respirar adequadamente.”
Crianças prematuras e com problemas cardíacos ou pulmonares estão no grupo de risco. Além disso, em alguns casos pode haver predisposição genética para episódios mais graves, afirma o infectologista pediátrico.
Quais os sintomas, causas e consequências?
No caso dos bebês é comum perceber no quadro inicial da bronquiolite sinais parecidos com resfriado. Entre eles, coriza clara, tosse, obstrução nasal, febre, irritabilidade e dificuldade para se alimentar.
Nestes pacientes, por serem muito novos e não conseguirem expectorar a secreção, os sintomas podem progredir para tosses mais intensas, dificuldade para respirar e chiado no peito. Nesses casos, a orientação é procurar um médico e o mais brevemente possível.
Segundo Marcelo Otsuka, esse é um sinal claro de dificuldade respiratória e não deve ser ignorado.
Outro sintoma preocupante é o que os médicos chamam de retração de fúrcula, ou seja, o afundamento da região do pescoço, logo acima do osso chamado esterno.
Ao g1, a médica pediatra, chefe da UTI neonatal do Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto, Maria Carmen Lunardi Monteiro de Carvalho, lembra que, se a doença não for tratada corretamente, o paciente pode evoluir para um quadro de insuficiência respiratória. O tratamento, nesses casos, inclui lavagem nasal, fisioterapia respiratória e suporte ventilatório.
“Se ela tiver sinais de esforço respiratório e baixa de saturação, ela precisa permanecer internada para avaliar a necessidade de usar algum tipo de suporte ventilatório”, reforça a médica.
Conforme Maria Carmen, eventualmente a criança pode não responder ao cateter nasal de alto fluxo e passa a precisar de ventilação não invasiva, como intubação e ventilação mecânica.
“A orientação que eu costumo passar para as mães é monitorar bem de perto os sintomas respiratórios, tomar muito cuidado. Qualquer pessoa da casa que comece com sintomas gripais deve ficar de máscara. Um simples resfriado para nós pode evoluir para uma bronquiolite”, conclui a médica.
Como evitar? Vacinação e prevenção
Existe vacina disponível contra o VSR. O Ministério da Saúde informou neste mês que vai incorporar duas novas tecnologias para prevenir complicações causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) no SUS: a vacina Abrysvo, da Pfizer, e o anticorpo monoclonal Beyfortus, da Sanofi.
Até então, a principal opção disponível para a prevenção do VSR no SUS era o palivizumabe, destinado a bebês prematuros extremos (com até 28 semanas de gestação) e crianças com até dois anos de idade que apresentassem doença pulmonar crônica ou cardiopatia congênita grave.
Mas mesmo com a vacinação, os médicos afirmam que é importante reforçar algumas medidas que previnem os bebês de contraírem a doença:
Sempre higienizar corretamente as mãos ao segurar um bebê;
Evitar levar o bebê em locais com pouca ventilação;
Não permanecer com o bebê em locais onde haja fumaça de tabaco;
Evitar a exposição do bebê a pessoas com sintomas respiratórios;
Desinfectar superfícies e objetos potencialmente contaminados.
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