Oposição denuncia morte de preso político vítima de negligência médica na Venezuela

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A oposição da Venezuela denunciou nesta segunda-feira (24) a morte do preso político Reinaldo Araújo, que estava sob custódia do regime chavista desde 9 de janeiro, quando foi detido durante uma manifestação pacífica. De acordo com organizações de direitos humanos e líderes da oposição, Araújo foi vítima de negligência médica deliberada, uma prática recorrente contra opositores da ditadura de Nicolás Maduro.

Araújo, que era dirigente do partido Vente Venezuela, liderado por María Corina Machado, faleceu no Hospital Pedro Emilio Carrillo, na cidade de Valera, estado de Trujillo. A informação foi confirmada pelo Comitê de Direitos Humanos do partido, que classificou sua morte como um assassinato.

“Confirmamos a morte de Reinaldo Araújo, dirigente do Vente Venezuela na região de Juan Ignacio Montilla, do município Valera, estado Trujillo. (Araújo) Foi sequestrado pelo regime no dia 9 de janeiro. Sua esposa denunciou em dias passados sua situação de saúde e exigiu atenção médica para ele, mas não lhe foi permitida. A comunidade internacional deve agir imediatamente ante os criminosos de lesa-humanidade que hoje se aferram ao poder”, publicou a legenda em sua conta oficial na rede social X.

A advogada e ativista de direitos humanos Tamara Sujú também denunciou o caso, destacando que Araújo sofria de hipertensão e que, mesmo apresentando um quadro de saúde debilitado, foi impedido de receber atendimento médico.

“Morre mais um preso político sob custódia do Estado. Reinaldo Araujo, detido em 9 de janeiro e membro do partido Vente Venezuela, era hipertenso, aparentemente estava há dias se sentindo mal e lhe negaram acesso a atendimento médico oportuno. Hoje, foi levado ao hospital Pedro Emilio Carrillo de Valera, onde faleceu. A negação de atendimento médico e medicamentos é uma cruel prática de tortura da tirania contra os presos políticos”, denunciou a ativista.

A morte de Araújo soma-se a outros três casos de presos políticos falecidos sob custódia do Estado desde novembro, conforme relatado por ONGs venezuelanas que monitoram violações de direitos humanos no país. Para a oposição, essas mortes são o resultado de uma política sistemática de repressão e descaso com aqueles que desafiam o regime de Maduro.

María Corina Machado, líder do Vente Venezuela, reagiu com indignação à notícia e acusou diretamente Maduro e seus aliados de serem os responsáveis pela morte de Araújo.

“O regime o assassinou. Reinaldo era um homem bom, um esposo, filho e pai amoroso, um amigo incondicional, um cidadão exemplar. Por seu trabalho na luta do dia 28 de julho, o regime o perseguiu implacavelmente. Seu amor pela Venezuela e por sua família o manteve sempre firme. No dia 9 de janeiro, o regime de Maduro o sequestrou. Ele tinha sérios problemas de saúde, mas lhe negaram assistência médica. Até hoje, quando já era tarde demais”, declarou Machado.

A morte de Reinaldo Araújo reacende o alerta da oposição sobre as condições dos presos políticos na Venezuela, muitos dos quais sofrem tortura física e psicológica, negação de atendimento médico e falta de acesso a seus familiares.

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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