Defesa de Silvio Almeida pede adiamento, mas PF mantém depoimento para 14h desta terça


Defesa disse que não teve acesso a todo inquérito sobre suspeita de assédio sexual de Almeida contra Anielle Franco. PF disse que advogados puderam acessar o conteúdo da apuração. Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Silvio Almeida
Renato Araújo/Câmara dos Deputados; Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
A defesa do ex-ministro Silvio Almeida tentou adiar o depoimento dele, marcado para esta terça-feira (25) às 14h na sede da Polícia Federal em Brasília.
Os advogados alegaram que não tiveram acesso a todo o inquérito contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, mas investigadores disseram ao blog que foi disponibilizado todo o material da investigação aos defensores de Silvio Almeida. Por isso, o pedido de adiamento não foi aceito.
O depoimento de Silvio Almeida está previsto para ser tomado presencialmente em Brasília. A oitiva de Almeida deve ser uma das últimas diligências da PF antes de decidir pelo indiciamento ou não do ex-ministro, que é quando a PF aponta se há ou não indício de crime.
Mulheres afirmam que foram assediadas por Silvio Almeida
O caso tramita sob sigilo no STF, mas a PF já tomou depoimento de mulheres que afirmaram ter sido vítimas de importunação sexual do jurista.
Silvio Almeida foi demitido em setembro do ano passado após surgirem as denúncias de assédio sexual de várias mulheres, entre elas, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ele nega as acusações.
Em entrevista ao uol , Silvio Almeida rebateu as acusações e disse que Anielle, “para tentar desgastá-lo”, participou de um “espalhamento de fofocas e intrigas” sobre ele.
Anielle, após essa entrevista, afirmou que importunação sexual não é política e, sim, crime. E disse que a fala de Silvio Almeida tenta descredibilizar vítimas.
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