Trens voltam a operar na capital

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Os trens urbanos do trecho ferroviário no Porto do Capim, em João Pessoa, voltaram a fazer viagens completas desde a tarde de ontem. Em nota, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que a decisão foi tomada depois de analisada a documentação do projeto de contenção da barreira, que está sendo executado pela empresa responsável. Essas viagens estavam interditadas desde o dia 6 deste mês.

O engenheiro do órgão, Rômulo Farias, emitiu parecer contendo a liberação da área para o tráfego ferroviário, com velocidade restrita no local. “Dessa forma, a CBTU João Pessoa já deu início às viagens entre Santa Rita e Cabedelo, e vice-versa, a partir das 12h49, para Cabedelo, e das 13h03, para Santa Rita”, explicou.

O trecho esteve interditado por 16 dias. No último dia 6, um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi atingido por pedras e areia que deslizaram de uma barreira, tanto em virtude das fortes chuvas como também de uma obra que está sendo executada na parte superior da barreira. A nota assegura também que, do dia da interdição até ontem, a CBTU João Pessoa, junto com a Defesa Civil, tomou todas as providências legais para minimizar os prejuízos para a população e para a companhia.

Talude

O engenheiro e chefe da Divisão de Prevenção para Emergência e Desastre da Defesa Civil, Philipe Aires, disse que a empresa responsável pela obra no local do deslizamento realizou as medidas técnicas necessárias para o retorno às atividades ferroviárias — uma exigência para a contenção do local. “A documentação técnica foi apresentada e aprovada, dentro do prazo de cinco dias. A área foi liberada depois da apresentação da documentação e de uma vistoria no local, para avaliação de medida emergencial executada”, disse.

Segundo Aires, essa medida emergencial consistiu no escalonamento do talude, deixando-o com largura de cerca de 8 m, o que vai garantir, na ocorrência de qualquer novo deslizamento, que a via não seja prejudicada nem interrompida. Também ficou vinculado o compromisso da execução posterior de outras adequações para melhorias no trecho. “Tendo essa medida emergencial já pronta, também será executado um processo de contenção do local, com utilização de geomanta. Esse projeto é estabelecido com responsabilidade técnica da empresa privada em colaboração com a CBTU, para assegurar que não voltem a ocorrer problemas nessa região”, completou.

Transparência

A Defesa Civil acompanhou toda a ação, que contou com a participação de Aires e o apoio direto da CBTU João Pessoa e da empresa responsável. Conforme o engenheiro, todos agiram rapidamente na solução do problema, atuando dentro dos prazos e contratando uma empresa reconhecida para realizar as adequações necessárias.

Aires também destacou a transparência do processo. “Houve um empenho para deixar a população informada sobre os riscos e as medidas da interdição e também sobre os critérios para a liberação da via, que só aconteceria quando fosse concluída, pelo menos, uma medida emergencial com a segurança técnica requerida, além do compromisso para que o problema seja, de fato, resolvido, e não apenas mitigado momentaneamente”, finalizou.

Para Othomagno Viegas, gerente de Operações da CBTU João Pessoa, os esforços empenhados em prol do retorno das atividades regulares dos trens focaram na prestação de serviço à população. “Estivemos diligentes para que a situação fosse sanada no menor prazo possível, mas de forma que não oferecesse mais risco à circulação de trens e com total segurança para os passageiros da Região Metropolitana”, disse.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 22 de fevereiro de 2025.

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A União

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