Reforma ministerial: Lula quer Gleisi no Planalto e troca de Nísia por Padilha na Saúde


Centrão não vê Gleisi como solução para problemas da base do governo; Presidente ainda não bateu o martelo sobre a substituição de Nísia. O ministro da articulação política, Alexandre Padilha, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann
Guilherme Mazui/g1 e FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
De olho em 2026, Lula quer mexer na estrutura do governo. Segundo fontes ouvidas pelo blog, ele cogita colocar a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na articulação política ou na Secretaria-Geral da Presidência da República.
Nos ministérios, Nísia Trindade (Saúde) pode dar lugar a Alexandre Padilha. O destino da titular da Saúde é incerto, e Lula ainda não bateu o martelo.
No caso de Gleisi, a deputada é tida como leal e poderia voltar ao Planalto. Ela foi ministra da Casa Civil de Dilma. Ela também é conhecida pelo embate político direto e pela defesa do governo e de Lula.
Quem defende Gleisi no Planalto diz que ela tem um ativo importante para o governo: uma ótima relação com o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o fato de ter trabalhado para evitar que o PT lançasse uma candidatura ao cargo na Casa.
Há, porém, resistência a Gleisi na articulação política por parte de partidos de fora do PT. Para os partidos que compõem o Centrão, Gleisi não resolve o problema da base do governo na Casa, apenas o do PT. Além disso, entende-se que a deputada priorizaria um governo mais à esquerda, e não ao centro.
A três meses de deixar a presidência do PT (as eleições acontecem em julho deste ano), Gleisi Hoffmann não tem um nome fechado para substituí-la e enfrenta um racha dentro do partido. Uma outra ala, que busca um PT mais ao centro, é liderada por Edinho Silva, prefeito de Araraquara (SP) e favorito para o cargo.
Nísia sai, Padilha assume
Nos corredores do Planalto, é dada como certa a substituição de Nísia Trindade por Alexandre Padilha no comando do Ministério da Saúde.
A mudança pode ser o início de uma reforma ministerial, esperada para acontecer a qualquer momento.
Lula ainda não bateu o martelo sobre as trocas, segundo ministros ouvidos pelo blog.
Um dos ministros, inclusive, brincou, afirmando que o presidente está como os blocos de carnaval: ninguém sabe a que horas sai.
Lula não deve decidir até o fim do Carnaval.
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