Moraes pediu a Cid explicação sobre pedido de passaporte português

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou na quinta-feira (20), que o delator do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, esclareça o motivo de ter solicitado um passaporte português, ainda em 2023.

Moraes ainda cobrou que Cid esclarecesse, em 24 horas, se o militar já recebeu a cédula de identidade portuguesa solicitada.

O advogado de defesa de Cid, Cesar Bittencourt, respondeu ao Supremo que o ex-ajudante de ordens da Presidência da República ingressou com o pedido de cidadania portuguesa em 11 de janeiro de 2023, três dias após os ataques que destruíram os Três Poderes da República, em Brasília.

Bittencourt argumentou que a solicitação foi motivada, “única e exclusivamente”, pelo fato de a esposa e as filhas de Cid já possuírem a cidadania portuguesa. E confirmou que a carteira de identidade portuguesa foi expedida e enviada em 2024.

A defesa de Cid ainda negou qualquer solicitação de passaporte estrangeiro, ao esclarecer que a “carteira portuguesa é apenas um documento de identificação” válido em Portugal.

“É importante destacar à Vossa Excelência [Moraes], que o peticionante não solicitou e não possui passaporte português (europeu), esse sim, documento que lhe permitiria, caso possuísse, viagens por qualquer país integrante da União Europeia ou outros países que tenham acordos de livre circulação com a UE”, declarou.

O advogado ainda enfatizou que Mauro Cid não tem intenção de fugir do Brasil e está disposto a entregar o documento.

“O peticionante celebrou acordo de delação premiada, com uso de tornozeleira eletrônica, sendo impossível empreender viagem para o exterior sem autorização desse juízo”, concluiu o advogado de Cid, que delatou a trama golpista que tentou impedir o terceiro mandato do presidente Lula (PT). (Com ABr)

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Fonte

Diario do Poder

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