Suspensão do Plano Safra gera crise e pressão sobre o governo

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A suspensão das linhas de crédito rural do Plano Safra 2024/2025, anunciada pelo Tesouro Nacional, gerou uma forte reação do setor agropecuário e da oposição no Congresso. A paralisação dos financiamentos ocorre em um momento crítico, com produtores ainda colhendo a primeira safra e iniciando o plantio da próxima, e pode impactar diretamente os preços da cesta básica.

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A Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) criticou a medida e responsabilizou o governo pela falta de recursos, alegando que a alta da taxa Selic, impulsionada pela “falta de responsabilidade fiscal”, contribuiu para o esgotamento das verbas. O grupo também contestou a justificativa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a suspensão ocorreu por conta da não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025.

“Culpar o Congresso Nacional pela própria incapacidade de gestão dos gastos públicos não resolverá o problema. A má gestão impacta no aumento dos juros e impede a implementação total dos recursos necessários”, afirmou a FPA em nota.

O Plano Safra 2024/2025 foi anunciado como “o maior da história”, mas as verbas se esgotaram antes mesmo da aprovação do novo orçamento. Com isso, produtores de grãos, responsáveis pela base da alimentação animal, podem enfrentar dificuldades para financiar a produção, impactando itens como carnes e ovos.

Para a FPA, a falta de crédito pode refletir no custo dos alimentos e comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro. “A FPA seguirá firme na cobrança por políticas públicas adequadas para o restabelecimento do crédito rural, no compromisso com os produtores rurais do Brasil e com a comida barata e acessível na mesa de todos os brasileiros”, reforçou a entidade.

Diante do impasse e da pressão crescente do setor agropecuário, Fernando Haddad anunciou nesta sexta-feira (21) que buscará uma solução via Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo informações da CNN, um pedido deve ser formalizado na próxima semana para tentar destravar os recursos.

A suspensão do Plano Safra também provocou reações da oposição na Câmara dos Deputados. O deputado Zucco (PL-RS), líder do grupo, alertou que a falta de crédito “lança uma sombra de incerteza sobre um setor que é pilar da economia e da segurança alimentar do país”.

O parlamentar ressaltou que a medida pode elevar os custos de produção, desacelerar investimentos, comprometer a segurança alimentar e afetar as exportações. “O governo precisa encontrar urgentemente espaço no orçamento e retomar as operações de crédito. Não há prioridade maior nesse país do que comida na mesa dos brasileiros”, afirmou.

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Fonte : Hora Brasilia

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