Denúncia contra Bolsonaro repercute na imprensa internacional

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A denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado ganhou forte repercussão na mídia internacional. Além do ex-presidente, outras 33 pessoas foram acusadas por suposta tentativa de ruptura institucional. O Supremo Tribunal Federal (STF) analisará a acusação, e um veredito é esperado para outubro deste ano.

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) imputou a Bolsonaro crimes como liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado contra patrimônio público. Outras investigações, como as ligadas ao desvio de joias e à fraude nos cartões de vacina, seguem separadamente.

A Reuters destacou que a denúncia pode dificultar um eventual retorno político de Bolsonaro e afirmou ser improvável que ele seja preso antes do julgamento, a menos que Alexandre de Moraes considere um risco de fuga.

Já a Associated Press chamou atenção para o nome da suposta operação “Punhal Verde Amarelo”, fazendo um paralelo com as cores associadas ao ex-presidente e seus apoiadores.

Nos Estados Unidos, o New York Times comparou o caso Bolsonaro com o de Donald Trump, lembrando que ambos foram indiciados sob a acusação de tentar anular eleições. O jornal também ressaltou que, se Bolsonaro for preso, será o terceiro presidente brasileiro a ser encarcerado nos últimos oito anos, seguindo Lula (2018) e Michel Temer (2019).

O Wall Street Journal relembrou uma entrevista concedida por Bolsonaro em 2024, na qual ele afirmou contar com o apoio de Trump para concorrer novamente. Já a PBS e a NPR, ambas redes públicas dos EUA, enfatizaram a acusação de que o ex-presidente teria concordado com um plano para matar Moraes, Lula e Alckmin.

No Reino Unido, a BBC reconheceu que, apesar da inelegibilidade até 2030, Bolsonaro continua sendo uma força política relevante. O The Guardian estimou que uma eventual condenação pode levar o ex-presidente a cumprir entre 38 e 43 anos de prisão.

Na França, o Le Monde afirmou que Bolsonaro ainda planeja um retorno triunfante, inspirado em Donald Trump. Já o Le Figaro destacou que o suposto golpe teria sido planejado entre a vitória de Lula e sua posse.

O caso também repercutiu fora do Ocidente. A Al Jazeera, do Catar, comparou os ataques de 8 de janeiro à invasão do Capitólio nos EUA em 2021. No Japão, a NHK lembrou a postura de Bolsonaro durante a pandemia, descrevendo-o como o “Donald Trump do Brasil” e citando suas falas minimizando a Covid-19.

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Fonte : Hora Brasilia

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