CEO do Rumble desafia Moraes pela segunda vez e reafirma que não acatará ordens ilegais de censura

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Foto – The Guardian

Chris Pavlovski, CEO da plataforma de vídeos Rumble, confrontou novamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitando pela segunda vez ordens judiciais que considera ilegais e violadoras das liberdades constitucionais.

“Recebemos mais uma ordem ilegal e sigilosa na noite passada, exigindo nosso cumprimento até amanhã à noite”, declarou Pavlovski, que já havia anteriormente se recusado a cumprir determinações similares. “Você não tem autoridade sobre o Rumble aqui nos EUA, a menos que passe pelo governo dos Estados Unidos”, afirmou em mensagem direta ao ministro.

Vale ressaltar que o Rumble, juntamente com a Truth Social, rede social de Donald Trump, já moveu ação judicial contra Alexandre de Moraes, questionando especificamente a legalidade dessas ordens de restrição e remoção de conteúdo. As empresas argumentam que tais determinações configuram censura e violam tanto a legislação americana quanto a Constituição brasileira.

Em novo pronunciamento direcionado aos brasileiros, o CEO reforçou sua posição: “Para todo o povo brasileiro, posso não ser brasileiro, mas posso prometer que ninguém lutará mais pelos seus direitos de liberdade de expressão do que eu. Lutarei até o fim, incansavelmente, sem recuar”.

A plataforma Rumble, que se estabeleceu como alternativa ao YouTube, tem como princípio fundamental a defesa irrestrita da liberdade de expressão, rejeitando qualquer forma de censura prévia ou restrição ao livre debate de ideias. O posicionamento da empresa destaca o conflito entre as recentes decisões judiciais brasileiras e os princípios constitucionais de liberdade de expressão.

Pavlovski argumenta que as ordens de Moraes extrapolam não apenas a jurisdição internacional, mas também violam direitos fundamentais protegidos pela Primeira Emenda da Constituição americana e pelo artigo 5º da Constituição brasileira, que garantem a liberdade de expressão como direito inalienável.

“Repito — nos vemos no tribunal”, concluiu o CEO, reforçando sua disposição para o embate judicial já em curso contra as determinações do ministro do STF. Esta declaração ganha ainda mais relevância considerando o processo judicial conjunto com a Truth Social, que busca estabelecer limites à jurisdição brasileira sobre plataformas digitais sediadas nos Estados Unidos.

O teor específico da nova ordem judicial citada por Pavlovski permanece sob sigilo, mas o contexto sugere a continuidade das tentativas de impor restrições à circulação de conteúdos na plataforma, prática que tanto o Rumble quanto a Truth Social consideram incompatível com os princípios democráticos e constitucionais de ambos os países.

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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