Homicídio, tortura, ocultação e vilipêndio de cadáver: grupo que espancou homem até a morte e deu o coração dele para outro morder é indiciado em MG


Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu em setembro de 2024, em Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais. Três suspeitos, incluindo um adolescente de 17 anos, espancaram um homem até a morte e torturaram outro. Após as investigações, a Polícia Civil representou pela prisão temporária dos envolvidos
Polícia Civil/Divulgação
Dois suspeitos de participação na morte de um homem e na tortura de outro em setembro de 2024, em Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais, foram indiciados por homicídio, tortura, ocultação e vilipêndio de cadáver após a conclusão da investigação da Polícia Civil.
Uma medida cautelar também foi solicitada contra um adolescente de 17 anos, que também teria participado do crime.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo espancou um homem de 31 anos até a morte e torturou outro, de 23, fazendo-o morder o coração da vítima morta.
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O crime
Conforme a investigação, o crime foi motivado pela suspeita de que uma das vítimas cometia pequenos furtos na cidade, o que incomodou um grupo ligado ao tráfico de drogas.
O sobrevivente foi mantido refém pelos criminosos, de 18 e 21 anos, além do adolescente, e presenciou o espancamento e morte do outro homem. Após a morte, o grupo ainda vilipendiou o cadáver, decapitando o corpo da vítima e retirando o coração.
Como parte da tortura psicológica, o homem de 23 anos foi coagido, sob ameaça de morte, a morder o coração arrancado do corpo. Em seguida, ele foi obrigado a carregar o cadáver por uma longa distância até uma área de mata, onde o grupo desovou o corpo em uma cisterna.
Durante todo o percurso, o sobrevivente foi ameaçado e agredido, até que os criminosos decidiram poupá-lo e a libertaram sob ameaça de que qualquer denúncia resultaria em represálias contra a família.
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Investigação
Após as investigações, a Polícia Civil representou pela prisão temporária dos envolvidos. Com o apoio da Polícia Militar, o homem de 21 anos foi preso e o adolescente apreendido.
Em seguida a prisão temporária foi convertida em prisão preventiva pelo Juízo Criminal de Paracatu.
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos já apresentavam registro por tráfico de drogas e roubo.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para saber se o outro suspeito é considerado foragido e aguarda retorno.
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