Acusado de matar amante e ocultar corpo em praia isolada é condenado em SC

Acusado de matar amante, um homem foi condenado a 17 anos de prisão nesta terça-feira (18). A vítima Célia dos Santos Mazzo, de 44 anos, era natural de Balneário Barra do Sul, mas foi morta e teve seu corpo ocultado em uma praia de São Francisco do Sul, em 14 de setembro de 2016.

Acusado de matar amante e ocultar corpo em praia isolada é condenado em São Francisco do Sul (SC)

Acusado de matar amante e ocultar corpo em praia isolada é condenado em SC – Foto: Arquivo pessoal/ND

De acordo com o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), o homem foi condenado por homicídio qualificado por feminicídio, motivo fútil e execução mediante traição.

O condenado deverá cumprir a pena em regime inicial fechado, conforme decidido pelo Tribunal do Júri da comarca. Ele não terá o direito de recorrer em liberdade, considerando que o STF (Supremo Tribunal Federal) sedimentou, por ocasião do julgamento do Tema 1.068, de repercussão geral, que “a soberania dos veredictos do Tribunal do Júri autoriza a imediata execução de condenação imposta pelo corpo de jurados, independentemente do total da pena aplicada.”

A promotora de Justiça Barbara Machado Moura Fonseca afirmou que a família de Célia aguardava há anos por essa decisão. “Fico feliz pelos jurados terem dado aos familiares e à sociedade a resposta justa ao crime brutal que foi praticado”, considerou a promotora.

Como aconteceu crime

A investigação constatou que o homicídio foi planejado dias antes, quando o homem, acompanhado da esposa, ser confrontado em um bar pela vítima, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal há cerca de dois anos. Ela teria se aproximado e dito: “Essa cerveja é minha”, o que gerou uma discussão entre o casal.

No dia 14 de setembro de 2016, o homem, que tinha 54 anos na época do crime, convidou Célia para um passeio na praia da Enseada, em São Francisco do Sul. Eles foram até as pedras entre a Praia Grande e a Prainha, beberam, caminharam e tiveram relação sexual.

Em seguida, de surpresa, o homem teria atirado duas vezes contra a cabeça da vítima, causando sua morte. O corpo só foi encontrado mais de 30 dias após o crime, em 29 de outubro de 2016, na faixa de areia da Praia Grande.

O corpo já estava em avançado estado de decomposição, mas segundo a polícia, os filhos de Célia conseguiram fazer o reconhecimento, por meio das tatuagens que a vítima possuía – ela tinha o nome dos filhos gravado nas costas.

Na época do crime, o condenado negou as acusações e disse que após o passeio deixou Célia em casa.

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