O amadorismo jurídico dos advogados de defesa de Bolsonaro

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado tem sido marcada por erros estratégicos, fragilidade argumentativa e uma condução desastrosa do caso. A atuação dos advogados Paulo Amador Cunha Bueno, Fabio Wajngarten, Daniel Tesser e Celso Vilardi levanta dúvidas sobre a competência do time jurídico, especialmente diante das acusações cada vez mais contundentes que pesam contra Bolsonaro.

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Um dos momentos mais críticos para a defesa foi a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid detalhou a existência de reuniões e articulações golpistas, descrevendo planos concretos para a anulação das eleições e a manutenção ilegal do ex-presidente no poder.

Diante dessas revelações, esperava-se que a defesa apresentasse uma estratégia sólida para minimizar os danos. No entanto, os advogados optaram por uma abordagem desorganizada, oscilando entre a tentativa de desacreditar Cid e a negação absoluta dos fatos, sem oferecer argumentos técnicos consistentes para contestar as provas apresentadas.

Entre os advogados de Bolsonaro, Fabio Wajngarten tem se destacado negativamente. Sem experiência como criminalista, ele tem conduzido a defesa mais como um porta-voz político do que como um advogado estratégico. Seu envolvimento direto no caso já resultou em falas contraditórias e em uma postura que beira o improviso, comprometendo ainda mais a credibilidade da defesa.

A equipe composta por Paulo Amador Cunha Bueno, Daniel Tesser e Celso Vilardi também tem falhado em apresentar uma linha jurídica clara e consistente. Em vez de rebater tecnicamente as acusações, a defesa insiste em alegações genéricas de perseguição política e na tentativa de desacreditar o inquérito, sem oferecer elementos jurídicos concretos para desmontar as acusações.

Esse tipo de abordagem pode ser eficiente no campo político, mas é um desastre no campo jurídico. O inquérito segue robusto, e a cada nova evidência apresentada, a defesa se mostra cada vez mais perdida, sem uma estratégia coerente para enfrentar o avanço das investigações.

A atuação dos advogados de Bolsonaro no inquérito sobre a tentativa de golpe tem sido marcada por amadorismo e erros estratégicos graves. Diante das revelações da delação de Mauro Cid, a defesa deveria ter adotado um caminho técnico para enfrentar as acusações, mas, em vez disso, tem demonstrado desorganização e falta de preparo.

Se continuar nessa linha de improviso e inconsistência, o time jurídico pode acabar selando o destino de Bolsonaro na Justiça, tornando ainda mais difícil uma possível absolvição ou atenuação das penas que podem ser impostas ao ex-presidente.

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Fonte : Hora Brasilia

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