Moradores denunciam sumiço do busto do general venezuelano Simón Bolívar em Salvador; peça foi doada por Hugo Chávez


Monumento foi retirado da Avenida Simón Bolívar, no bairro da Boca do Rio, há pelo menos 3 semanas. Inauguração contou com presenças de Hugo Chávez, Evo Morales, Raúl Castro e Manuel Zelaya. Busto de Simón Bolívar desapareceu
Reprodução/Redes Sociais
Moradores do bairro da Boca do Rio, em Salvador, denunciam o sumiço do busto do general e estadista venezuelano Simón Bolívar, instalado na avenida de mesmo nome. A peça foi doada em 2008 pelo então presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Os moradores contam que o monumento foi retirado do local há pelo menos três semanas. Procurada, a Polícia Civil afirmou que não há registro de furto do busto.
A Fundação Gregório de Mattos informou que, ao tomar conhecimento do fato, realizou uma vistoria com a equipe técnica do órgão de patrimônio e entrou em contato com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) na segunda-feira (17) para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
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Moradores denunciaram o sumiço do busto
Gabriela Braga/Bahia FM
O busto foi inaugurado em 17 de dezembro, em uma solenidade que contou com a presença dos presidentes Hugo Chávez, Evo Morales, da Bolívia, Raúl Castro, de Cuba, e Manuel Zelaya, de Honduras.
Na época, o evento foi acompanhado por representantes sindicais e de movimentos sociais como o Movimento Sem Terra (MST).
Quem foi Simón Bolívar?
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GETTY IMAGES
Filho de uma família acomodada de Caracas, Bolívar liderou as tropas que conseguiram a capitulação dos espanhóis em 1813, e a independência da Venezuela.
Bolívar também teve um papel decisivo nas fundações de Colômbia, Equador, Peru e e Bolívia. Ele morreu em 1830, aos 47 anos.
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Considerado “herói de mais de 200 batalhas”, recebeu o título de “O Libertador”. Orador e escritor, deixou alguns ensaios, entre eles “Meu delírio no Chimborazo”. Escreveu também sobre sociologia e pedagogia, além de tratados militares, econômicos e políticos.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, discursa em frente a pintura de Simón Bolívar , em setembro de 2008
Thomas Coex/AFP
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