Crise econômica e rejeição recorde: mercado já aposta contra Lula

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A economia sempre foi o pilar que sustenta ou derruba governos. No caso de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a situação tem se tornado insustentável. A recente pesquisa do Datafolha revelou que sua aprovação despencou para 24%, o pior índice de seus três mandatos. Paralelamente, o mercado financeiro reagiu com euforia à crescente fragilidade do governo, sinalizando que investidores enxergam a queda de Lula como um caminho desejável e, talvez, inevitável.

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O cenário econômico não dá margem para recuperação: a inflação dos alimentos continua em alta, os juros elevados estrangulam o consumo e os investimentos, e a população sente no bolso os efeitos de uma política econômica que não consegue entregar resultados. O governo tenta reagir com estratégias políticas e de comunicação, mas as medidas adotadas até agora parecem incapazes de reverter a crise.

Mercado financeiro reage à queda na aprovação de Lula com alta da Bolsa e recuo do dólar

Mercado aposta contra Lula

O mais simbólico no atual momento político é que a instabilidade do governo foi recebida como uma boa notícia pelo mercado financeiro. A pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira (14), indicando a queda na popularidade de Lula, impulsionou o Ibovespa, que subiu mais de 2,70%, enquanto o dólar caiu para R$ 5,69, recuando 1,26%.

Segundo Marcelo Bolzan, planejador financeiro da The Hill Capital, “o mercado reagiu com otimismo à possibilidade de Lula não ser reeleito nas próximas eleições”. Além disso, os juros futuros passaram a ceder ainda mais, refletindo a percepção de que um governo enfraquecido tem menos capacidade de intervir na economia e menos margem para adotar políticas que desagradem o setor produtivo.

A combinação de um governo fragilizado e um mercado cada vez mais hostil sinaliza que Lula perdeu o controle da narrativa econômica e enfrenta um desgaste que pode se tornar irreversível.

Inflação, juros e insatisfação popular

Enquanto o mercado financeiro se anima com a crise política, os brasileiros enfrentam um cenário de dificuldades crescentes. A inflação dos alimentos, impulsionada pela alta do dólar, continua pressionando o poder de compra da população. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, reconheceu que esse é um dos fatores que mais afetam a popularidade do governo: “Pix e o aumento conjuntural de alimentos, dada a subida do dólar”, afirmou.

Além da alta de preços, os juros elevados continuam travando o crescimento. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central, sob comando de Gabriel Galípolo, subiu a Selic para 13,25% ao ano, marcando o quarto aumento consecutivo.

O setor produtivo, especialmente o varejo, tem pressionado por uma redução na taxa de juros, alegando que pequenas e médias empresas não suportam mais essa política monetária. A empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, fez críticas diretas à condução econômica do governo:

“O varejo é o primeiro que sofre porque é o primeiro que demanda, é dele que sai tudo. A pequena e média empresa não aguentam mais sobreviver com isso. Não tem condição. São elas que geram empregos”, afirmou Trajano durante evento da Fiesp.

A fala reflete um problema central: sem crescimento, sem consumo e com crédito caro, o governo Lula não tem margem para melhorar sua imagem entre a população.

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Lula tenta reagir, mas já perdeu o controle da narrativa

Diante da crise crescente, Lula tenta recuperar espaço intensificando viagens pelo país. Durante uma reunião ministerial, pediu aos seus auxiliares “mais rua e menos palácio” e já passou por estados como Rio de Janeiro, Bahia e Pará.

Apesar disso, a estratégia política não resolve o que mais impacta sua popularidade: a economia. Sem controle da inflação, sem crescimento e com um mercado claramente apostando contra ele, Lula enfrenta um desgaste que pode ser irreversível.

Se a tendência de enfraquecimento continuar e o mercado seguir enxergando sua queda como um alívio, o atual governo pode se tornar insustentável antes mesmo de 2026.

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Fonte : Hora Brasilia

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