Lula defende exploração de petróleo e diz que Marina Silva não é contra

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, 14, que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, “jamais será contra” a exploração de petróleo na Margem Equatorial, porque “é uma pessoa inteligente”. A declaração foi feita em entrevista à rádio Clube do Pará, em meio à pressão para que o Ibama libere a licença ambiental para a Petrobras explorar a região na costa do Amapá.

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Lula disse que Marina Silva não se oporia à exploração caso todos os requisitos ambientais fossem cumpridos, e que sua preocupação é com a forma como a atividade será realizada. “Não é ‘não quero’, é como fazer para não ser predatório com a nossa querida Amazônia”, afirmou.

O presidente defendeu que, se houver petróleo na área, o Brasil não pode abrir mão dessa riqueza. Segundo ele, os recursos obtidos com a exploração podem ser usados para financiar a transição energética e a preservação da floresta. “É com esse dinheiro que a gente vai fazer a transição energética, que a gente vai ter dinheiro para cuidar da nossa floresta, de manter a nossa floresta em pé”, disse.

A declaração ocorre dias após Lula criticar a demora do Ibama na liberação da licença. Em entrevista a uma rádio do Amapá, na quarta-feira, 12, ele afirmou que o órgão ambiental “não pode continuar com essa indecisão” e sugeriu que o Instituto estaria “contra o governo”.

A Petrobras tenta obter a licença desde 2020. O pedido mais recente, feito em 2023, foi negado pelo Ibama, que apontou falhas no plano de proteção ambiental, como a falta de uma solução adequada para o resgate de animais em caso de vazamento de óleo. De acordo com o órgão, uma embarcação de resgate levaria 43 horas para chegar ao local da perfuração.

A área a ser explorada está localizada a 175 km da costa do Amapá e a 500 km da foz do Rio Amazonas, abrangendo um bioma descoberto recentemente. A região inclui um recife de corais identificado em 2016, com extensão semelhante à do estado do Rio Grande do Norte, além de manguezais essenciais para a reprodução e alimentação de diversas espécies marinhas.

Nos bastidores, Marina Silva demonstrou descontentamento com a pressão política e afirmou que a decisão cabe aos técnicos do Ibama. A ministra também indicou que não esperava enfrentar essa situação ao retornar ao governo petista em 2022.

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Fonte : Hora Brasilia

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