Musk diz que governo Biden financiou eleição de Lula contra Bolsonaro

Foto – Matt Rourke

Declaração de bilionário foi feita no X em resposta a senador republicano

O bilionário Elon Musk afirmou em sua conta no X que a administração de Joe Biden financiou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

A declaração foi dada em resposta ao senador republicano Mike Lee, que se encontrou nesta quarta-feira, 12, com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

“Se o governo dos EUA tivesse financiado a derrota de Bolsonaro por Lula, isso te incomodaria?”, escreveu Lee. “Eu ficaria lívido. Quem está comigo nessa?” A mensagem foi publicada em resposta a uma página de direita bloqueada pela Justiça brasileira.

O perfil em questão reproduziu a informação de que Biden financiou a “fraude eleitoral contra Bolsonaro no Brasil” a partir da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), em referência à agência norte-americana de ajuda estrangeira.

Musk, então, respondeu ao senador: “Bem, o ‘deep state’ dos EUA fez exatamente isso”. O termo em inglês usado pelo bilionário é comumente empregado para alegar a existência de um governo paralelo, que operaria independentemente dos governantes eleitos.

Fala de Musk ocorre em meio à visita de Eduardo Bolsonaro aos EUA

O posicionamento de Elon Musk, que chefia o Departamento de Eficiência Governamental, ocorre dois dias depois de o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) desembarcar em Washington D.C. para se encontrar com congressistas aliados de Trump.

Um dos exemplos citados para alegar interferência externa na eleição é a participação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em um estudo internacional contra fake news financiado por um programa da Usaid, além do intercâmbio entre o tribunal e ONGs que atuam no combate à “desinformação” e recebem recursos da agência.

No ano passado, Musk já havia dito que Lula perderia a eleição em 2026 e declarou guerra ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O motivo foi a ordem da Corte para a derrubada de perfis no X no âmbito de inquéritos contra Bolsonaro, além da suspensão temporária da plataforma no Brasil.

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