Mulher Presa por Suposto Envenenamento de Familiares é Encontrada M0rta em Presídio no RS

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Deise Moura dos Anjos, presa sob suspeita de envenenar membros da própria família, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (15) no presídio de Guaíba (RS), segundo a Polícia Civil. A mulher de 39 anos estava detida desde dezembro de 2023, acusada de misturar arsênio em um bolo na véspera de Natal, o que resultou na morte de três pessoas.

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Os investigadores também apuravam o envolvimento de Deise na morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, ocorrida em setembro de 2023, inicialmente atribuída a uma intoxicação alimentar. No entanto, a perícia confirmou posteriormente que ele também havia sido envenenado com arsênio.

No dia 23 de dezembro de 2023, seis pessoas da família passaram mal após consumir uma sobremesa preparada por Deise. Três delas não resistiram:

  • Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos
  • Maida Berenice Flores da Silva, 59 anos
  • Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47 anos

A sogra de Deise, Zeli dos Anjos, 60 anos, ficou em estado grave, mas sobreviveu. Outras duas pessoas, incluindo uma criança de 10 anos, foram hospitalizadas e receberam alta.

A perícia revelou que o bolo continha concentração de arsênio 350 vezes superior ao nível considerado letal. Além disso, exames posteriores confirmaram a presença do veneno 2.700 vezes acima do total encontrado na sobremesa, indicando uma possível contaminação em outros alimentos.

As investigações revelaram que Deise pesquisou sobre “água-tofana”, uma substância usada no século XVII por mulheres para matar maridos sem deixar vestígios. Essa busca a levou ao arsênio, que teria sido utilizado por ela nos crimes.

Além disso, a polícia descobriu que a suspeita tentou ocultar provas relacionadas à morte do sogro. Após o falecimento de Paulo Luiz dos Anjos, ela tentou cremar o corpo e chegou a afirmar que ele teria sido contaminado por bananas estragadas após uma enchente.

Em mensagens à sogra, Deise tentou impedir novas investigações sobre a causa da morte, apelando para a religiosidade da família:

“Acho que precisamos rezar mais, aceitar mais, e não procurar culpados onde não tem. Isso, sim, não tem volta, nem polícia, nem perícia que possa nos ajudar a desvendar.”

Durante os interrogatórios, policiais descreveram Deise como alguém de postura fria e calculista, sempre com uma “resposta pronta” para qualquer questionamento.

Poucos dias após o crime de dezembro, Deise tentou visitar a sogra no hospital e levou um suco para ela beber. Familiares, desconfiados, recolheram a garrafa e a levaram para a polícia. O líquido passou por análise pericial, levantando suspeitas de uma nova tentativa de envenenamento.

A Polícia Civil não divulgou detalhes sobre as circunstâncias da morte de Deise no presídio de Guaíba. As autoridades aguardam os resultados da perícia no local e do exame cadavérico para determinar se ela cometeu suicídio ou se há indícios de homicídio.

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Fonte : Hora Brasilia

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