UFSC homenageia cientistas e doa livros no Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência

Pesquisadoras de diversas áreas foram recebidas no Gabinete da Reitoria. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado nesta terça-feira, 11 de fevereiro, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) homenageia pesquisadoras da Universidade e realiza a doação de exemplares do livro infantil Meninas Brilhantes: a História de Estrela à prefeitura de Florianópolis.

Pela manhã, a vice-reitora Joana Célia dos Passos e o reitor Irineu Manoel de Souza receberam, no Gabinete da Reitoria, um grupo de sete mulheres cientistas de diversas unidades acadêmicas, categorias e áreas do conhecimento. Conforme ressaltou Joana, o encontro teve o objetivo de prestar uma homenagem a algumas das pesquisadoras que estão produzindo e transformando a ciência em nossa universidade, “que carregam as marcas de um protagonismo que mobiliza as meninas, que mobiliza as suas estudantes”.

Foi, também, um momento para as pesquisadoras se conhecerem e falarem sobre seus trabalhos e trajetórias, além de discutirem a importância da representatividade para incentivar outras mulheres e meninas e alguns dos desafios e caminhos para a promoção da equidade de gênero nos diversos aspectos da vida acadêmica. Compareceram à reunião sete pesquisadoras:

• Adja Balbino Durão – professora de Letras, conduz um projeto de produção de dicionário de espanhol que atenda às necessidades de alunos ouvintes e surdos. Vencedora do Prêmio Mulheres na Ciência Propesq/UFSC 2023;
• Adriana Kaingang – professora da Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, é a primeira indígena do corpo docente da UFSC;
• Ana Paula Zapelini de Melo – pós-doutoranda em Ciência dos Alimentos e vencedora do Prêmio Capes de Teses 2024;
• Bibiana Sgorla de Almeida (CCB) – servidora técnico-administrativa e biomédica do Laboratório Multiusuário de Estudos em Biologia (Lameb);
• Cristina Scheibe Wolff – professora do Departamento de História, coordenadora do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH) e vencedora do Prêmio Mulheres na Ciência Propesq/UFSC 2021;
• Maíra Busato Westphal, coordenadora de Projetos Institucionais da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) e estudante do Programa de Pós-Graduação em Administração Universitária;
• Manoela Bettarel Bállico, professora do Departamento de Geologia e coordenadora do Laboratório de Geologia de Reservatórios.

Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

“Eu estou muito emocionada com este momento, com cada uma, com cada história. É isso, a gente precisa se encontrar, se olhar, para ver o que cada uma está fazendo em seu lugar e que nada é pequeno”, destacou a vice-reitora. “A gente tem aqui na UFSC um mundo de mulheres pesquisadoras, um mundo de mulheres cientistas fazendo verdadeiras revoluções que nem sempre aparecem”, complementou.

Ao comentar algumas ações da gestão para a promoção de um ambiente mais favorável à equidade de gênero e lembrar algumas das pesquisadoras de visibilidade nacional, o pró-reitor de Pesquisa Jacques Mick salientou que a UFSC é uma “universidade que gera e gerou um celeiro de grandes cientistas para o nosso país”.

O reitor ressaltou a importância da diversidade de pesquisadoras presentes no encontro, mulheres negras, indígena, professoras, estudantes e técnicas administrativas, todas protagonistas em sua área de atuação. “Nossa universidade é o que é, bem qualificada em todas as avaliações, porque tem essa dinâmica, essa política de inclusão, essa política de diversidade, essa política de permanência”, afirmou Irineu.

Também esteve presente na reunião o professor do Centro de Ciências Biológicas (CCB) Alexandre Verzani Nogueira.

Doação de livros

Na sequência, o reitor Irineu Manoel de Souza fez a primeira entrega de exemplares do livro Meninas Brilhantes: a História de Estrela, em cerimônia na Prefeitura de Florianópolis. O evento contou com a presença do secretário de Educação do município, Thiago Mello Peixoto da Silveira, e das estudantes coautoras.

Lançado em julho de 2024, o livro foi escrito como uma atividade do projeto de extensão Meninas na Ciência, do Departamento de Física da UFSC. Foto: Divulgação

O livro foi lançado em 2024 pelo projeto Meninas na Ciência, que incentiva mulheres a entrarem nas áreas de ciências exatas, engenharias e tecnologias. Escrito pela professora Gabriela Kaiana Ferreira e pelas estudantes do Colégio de Aplicação da UFSC Erica do Rosario Tischer, Rosa Maria Pereira Miranda e Roberta Machado Franco Rodrigues, conta a história da astrofísica Jocelyn Bell Burnell, que em 1967 identificou um pulsar (estrela de nêutrons que emite radiação eletromagnética em pulsos regulares e rápidos) e teve de enfrentar a falta de reconhecimento por seu feito revolucionário.

Além de Florianópolis, os municípios de Araranguá, Blumenau, Curitibanos e Joinville também receberão exemplares do livro para serem disponibilizados a estudantes das redes municipais de ensino nas cidades onde há campi da UFSC.

Segundo a Administração Central da Universidade, os livros podem ser importante recurso para atividades pedagógicas e motivar vocações de meninas cientistas que futuramente cursarão a Universidade. Os exemplares foram adquiridos por duas fundações de apoio da UFSC, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu) e a Fundação Stemmer para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (Feesc).

As entregas para os municípios de Blumenau, Curitibanos e Joinville ocorrerão, respectivamente, nos dias 12, 13 e 17 de fevereiro. A Prefeitura Municipal de Araranguá está definindo a data para receber a doação.

• Saiba mais sobre o livro no site do projeto. A obra pode ser adquirida no site da Editora
• Conheça o projeto de extensão Meninas na Ciência pelo Instagram

Sobre a data

O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado anualmente em 11 de fevereiro, é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Criada em 2015, a data especial tem o objetivo de fortalecer o compromisso global com a igualdade de direitos entre homens e mulheres, principalmente do ponto de vista da educação. Um tema é selecionado anualmente para destacar um foco específico e uma área de discussão para a igualdade de gênero na ciência.

Em 2025, a Unesco celebra 10 anos da criação da data com um evento híbrido voltado à temática das carreiras Stem (sigla em inglês que significa Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).