Mulher que agrediu casal gay e atropelou homem em SP vira ré por golpe de R$ 200 mil em SC


Justiça catarinense comunicou Justiça paulista para que Jaqueline Santos Ludovico apresente defesa no processo por estelionato contra empresa automotiva. Pena pode variar entre 4 e 8 anos de prisão. Jaqueline Santos Ludovico
Reprodução/GloboNews
A Justiça de Santa Catarina tornou ré pelo crime de fraude eletrônica (estelionato) Jaqueline Santos Ludovico, acusada de cometer golpes que resultaram em um prejuízo de R$ 200 mil para uma empresa automotiva em Tubarão (SC) (leia mais abaixo).
Jaqueline já responde na Justiça de São Paulo pelos crimes de injúria em razão da sexualidade, lesão corporal e ameaça: em fevereiro do ano passado, ela agrediu um casal gay em uma padaria no Centro da capital. Ela também foi presa por atropelar um homem, mas foi liberada e responde em liberdade.
Sobre a denúncia de fraude, a Justiça catarinense enviou uma carta à Justiça paulista para que a acusada seja citada e apresente defesa.
Segundo denúncia do Ministério Público de Santa Catarina:
Em setembro de 2021, Jaqueline entrou em contato com uma funcionária da empresa automotiva oferecendo serviços de publicidade pela empresa ‘JSL Marketing e Assessoria’. O contrato foi firmado no valor de R$ 339 mensais, mas nenhum valor foi descontado da conta da empresa até o mês de novembro.
Um suposto representante do cartório de notas de São Paulo entrou em contato com a vítima alegando que os valores do serviço contratado foram protestados e deveriam ser pagos imediatamente para evitar “graves prejuízos” à empresa.
Foi assim que a vítima passou a realizar uma série de depósitos via Pix na conta de Jaqueline:
No dia 4 de novembro, ela fez duas transferências que totalizaram R$ 11.491,20;
No dia seguinte, houve novo contato do suposto cartorário, e mais dois depósitos foram feitos no valor de R$ 14.281,76;
No mesmo modus operandi, em 9 de novembro a vítima foi induzida a transferir mais R$ 32.979,26;
Já no dia 11 de novembro foram três Pix que totalizaram R$ 41.688,41;
Em 18 de novembro, foram feitas mais três transferências, somando R$ 52.325,17;
Por fim, em 24 de novembro de 2021, houve o último depósito no valor de R$ 47.496,56;
No total, foram R$ 200.262,36 de prejuízo.
A pena para o crime de fraude eletrônica é de 4 a 8 anos de prisão, além de multa.
O g1 procurou a defesa de Jaqueline Ludovico, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Homofobia e agressão em padaria de SP
Em fevereiro de 2024, Jaqueline Santos Ludovico ofendeu e agrediu um casal gay em uma padaria na Santa Cecília, no Centro da capital.
A briga teria começado por causa de uma vaga no estacionamento da padaria. O casal tentava estacionar numa vaga que estava livre, mas Jaqueline parou em frente do carro, de braços cruzados, tentando impedir a passagem. A discussão teria começado quando as vítimas saíram do carro.
Polícia investiga denúncia de homofobia em padaria no Centro de SP
Jaqueline tentou jogar um cone em Rafael Gonzaga. Ela o perseguiu pelo estacionamento, tentando bater nele. A mulher, então, se aproximou da vítima e caiu. Nesse momento, uma amiga da agressora jogou um cone em Rafael. A discussão se arrastou para dentro do comércio, onde Jaqueline xingou a vítima e deu um soco no nariz do namorado dele, Adrian Grasson.
“Ela foi para cima do meu namorado quando viu que ele estava filmando. Entrei no meio, outros funcionários foram também para puxá-la. Nessa hora, ela cortou o nariz dele [namorado] e arranhou embaixo do olho”, relatou Rafael.
Presa por atropelar homem
Em junho de 2024, meses após agredir o casal gay, Jaqueline atropelou um homem na Zona Oeste de São Paulo e foi presa.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Jaqueline passs com seu Honda HRV em alta velocidade e atinge a vítima, que chegou a sinalizar que estava na faixa de pedestre (veja abaixo).
Jaqueline fugiu do local. Segundo a polícia, foi constatado que ela estava com sinais de embriaguez. Momentos depois, ela voltou ao local do acidente acompanhada da irmã e foi presa em flagrante. À época, ela passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar, que foi revogada por possível excesso de prazo.
Mulher que agrediu casal gay em padaria no Centro de SP é presa após atropelar jovem
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