As dez estatais campeãs de prejuízo no governo Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou recentemente o resultado primário do governo central, que apresentou um déficit de 0,09% do PIB em 2023, o equivalente a R$ 43 bilhões. No entanto, uma análise mais detalhada das contas públicas revela desafios significativos, especialmente no desempenho das estatais federais. Segundo dados do Ministério da Gestão, 27 empresas controladas pela União acumularam prejuízos contábeis que somam R$ 5,3 bilhões.

O grupo das dez estatais com os maiores prejuízos concentra 90% desse total, o equivalente a R$ 4,8 bilhões. No topo da lista está a PNBV, uma subsidiária da Petrobras com sede na Holanda, responsável por operações de compra, venda e leasing de equipamentos petrolíferos. Em seguida, destaca-se a Codevasf, que atua em obras de infraestrutura nos vales dos rios São Francisco e Parnaíba. O ranking das estatais mais deficitárias é completado por Correios, Docas do Rio, Embrapa, Banco do Brasil AG, CBTU, EBSERH, Telebras e Nuclep.

Esse cenário de prejuízos acende o alerta em meio ao debate sobre o equilíbrio das contas públicas e o crescimento da dívida bruta do país. Desde o início do atual mandato de Lula, em 2023, a dívida saltou de 72% para 77% do PIB, com projeções indicando que poderá ultrapassar 80% ainda este ano. Economistas avaliam que, mesmo com o novo arcabouço fiscal anunciado no ano passado, será difícil conter essa escalada da dívida, já que o controle de gastos em estatais permanece um desafio.

A divergência entre o Banco Central (BC) e o Ministério da Gestão também reforça a complexidade do tema. Enquanto o BC aponta uma necessidade de financiamento de R$ 6 bilhões para as estatais federais entre janeiro e novembro de 2023, o Ministério da Gestão questiona o método de cálculo, argumentando que o balanço do BC mistura despesas correntes e investimentos em um mesmo indicador.

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Fonte : Conexão Politica

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