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O Banco Central (BC) divulgou nesta sexta-feira (31) que as empresas estatais federais registraram, em 2024, um déficit primário de R$ 8,1 bilhões, o maior desde o início da série histórica, em 2001. O resultado, considerado alarmante, contrasta com dados apresentados pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, vinculada ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). De acordo com o MGI, o déficit, após exclusões previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), foi de R$ 4,04 bilhões, ou de R$ 6,3 bilhões no total.
Segundo o governo, a diferença nos valores divulgados decorre de metodologias distintas. O BC não exclui investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nem resultados do grupo ENBPar, o que é permitido pela legislação vigente. Além disso, diferenças na coleta e no tratamento dos dados contribuem para os resultados discrepantes.
A LDO de 2024 autorizava um déficit de até R$ 7,3 bilhões ao longo do ano, mas mesmo os números ajustados do governo ultrapassaram o limite estabelecido, o que coloca pressão sobre a gestão das empresas estatais.
Entre as estatais federais, os Correios foram apontados como uma das principais responsáveis pelo resultado negativo. Bancos públicos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, no entanto, não foram incluídos nos cálculos apresentados.
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Fonte : Hora Brasilia