“O governo Lula ruma para o colapso”, constatam aliados

Nesta quarta-feira (22), a Folha de S.Paulo publicou um texto no qual aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva observaram que a administração do petista está caminhando para o colapso. Entretanto, eles sustentam que o governo está agindo de maneira reativa diante da “corrupção parlamentar, da onda obscurantista e da crise internacional”.

O artigo é assinado por diversas personalidades notáveis, incluindo a cantora, compositora e ex-ministra da Cultura do governo Dilma Rousseff (2011-2012), Ana Hollanda; Roberto Amaral, cientista político e ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula (2003-2004); José Gomes Temporão, sanitarista e ex-ministro da Saúde do governo Lula (2007-2020); Luiz Eduardo Soares, antropólogo e ex-secretário nacional de Segurança Pública do governo Lula (2003); Manuel Domingos Neto, historiador e professor da Universidade Federal Fluminense; e Gilberto Maringoni, professor de relações internacionais da UFABC.

Os argumentos dos aliados de Lula

Os aliados retomam o momento em que Lula foi eleito, em 2022, quando ”prometeu extinguir o teto de gastos, incluir o pobre no Orçamento, rever a reforma trabalhista, valorizar o serviço público, garantir gasolina barata, reestatizar a Eletrobras e botar picanha e cerveja na mesa do povo”. “No governo, prendeu-se ao fiscalismo ao gosto dos banqueiros”, concluíram.

Na opinião dos autores do texto, a meta de inflação do governo Lula, ”inalcançável”, foi o argumento necessário para o Banco Central elevar a taxa de juros, a Selic. Segundo eles, essa suposta ”camisa de força inviabiliza o bom serviço público, inibe investimentos produtivos e o atendimento aos mais pobres”.

Em certos trechos, os aliados citam a insatisfação popular com o governo. “Crescimento do PIB, do emprego e da renda não basta à sociedade”, opinam. “O corte de gastos resultante da obsessão fiscal fomenta a desesperança. O preço da comida, a insegurança pública, a dificuldade de locomoção e a carência de moradia frustram as expectativas do povo. A sociedade não mais distingue quem defende o avanço de quem defende o atraso.”

 

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