Reforma ministerial de Lula deve alcançar 10 pastas e visa fortalecer relação com o Congresso

O governo Lula se prepara para uma ampla reforma ministerial em fevereiro, com mudanças previstas em pelo menos 10 ministérios. O objetivo é superar gargalos administrativos, acelerar projetos e melhorar o diálogo com o Congresso Nacional, em uma movimentação estratégica com vistas à eleição de 2026.

Entre as principais alterações, destaca-se a possível saída de Alexandre Padilha da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), com destino ao Ministério da Saúde. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, surge como favorito para assumir a articulação política do governo, agradando aliados no Congresso.

Na Agricultura e nas Minas e Energia, pastas cobiçadas por Arthur Lira (PP-AL), mudanças também estão no horizonte. A atuação tímida de Carlos Fávaro no setor agro e as tensões internas de Alexandre Silveira no PSD motivam a reestruturação. Já na Pesca, André de Paula (PSD) é criticado por falta de entregas e deve ser substituído.

Outro foco de insatisfação é o Ministério do Desenvolvimento Agrário, liderado por Paulo Teixeira (PT). Movimentos sociais, como o MST, pedem sua saída, e Edegar Pretto, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é cotado para o cargo.

As alterações também envolvem a Secretaria-Geral da Presidência, onde Paulo Pimenta ou Gleisi Hoffmann podem substituir Márcio Macêdo. Já a saída de Ricardo Lewandowski da Justiça abre caminho para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, assumir a pasta.

Essas movimentações serão moldadas após a eleição do novo comando do Congresso, prevista para 1º de fevereiro. Com Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) como prováveis presidentes da Câmara e do Senado, novos nomes podem surgir na dança das cadeiras. A reforma ministerial é vista como essencial para consolidar a base política e alavancar o desempenho do governo.

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