Sobe para cinco número de macacos mortos achados no campus da USP em Ribeirão Preto, SP


Um animal foi encontrado nesta terça-feira (7) em área de mata e encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz. Outros quatro primatas achados entre o Natal e o Ano Novo testaram positivo para febre amarela. Vista do lago da USP de Ribeirão Preto (SP)
Carlos Rocha/Arquivo pessoal
A Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto (SP) informou nesta terça-feira (7) que mais um macaco foi encontrado morto em área de mata no campus da USP. O animal foi encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz para análise.
Com isso, chega a cinco o número de primatas mortos no campus. Na segunda-feira (6), o governo de São Paulo informou que os quatro bugios encontrados entre o Natal e o Ano Novo testaram positivo para febre amarela.
Diretora da Vigilância Epidemiológica, Luzia Márcia Ramanholi Passos disse que as ações de monitoramento na USP e ao redor do campus serão mantidas.
Vacinação de bloqueio
Até o momento, a Prefeitura de Ribeirão Preto não registrou casos de febre amarela em humanos. Apesar disso, a Secretaria Municipal de Saúde deu início à chamada vacinação de bloqueio, para imunizar pessoas em um raio de 300 metros do campus da USP. Um posto foi montado no local para facilitar a campanha.
O governo do estado remanejou 20 mil doses da vacina para o município, enquanto que o Ministério da Saúde encaminhará mais 100 mil doses nos próximos dias.
Cerca de quatro mil crianças em toda a cidade que não completaram o esquema com duas doses, aos nove meses e aos quatro anos, também estão no foco da campanha. De acordo com a prefeitura, equipes já começaram a entrar em contato com pais e responsáveis para que levem os filhos para serem vacinados.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Maurício Godinho, as pessoas que procurarem os postos, independentemente se moram ou não próximo à USP, e que ainda não foram imunizadas serão vacinadas.
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Anteriormente, o prazo da vacina era de dez anos.
A orientação é que toda pessoa que reside em áreas com recomendação da vacina contra febre amarela e pessoas que irão viajar para essas áreas devem imunizar-se pelo menos 10 dias antes do deslocamento.
Macacos não transmitem a doença para seres humanos. São transmissores da febre amarela os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que têm hábitos silvestres, e o Aedes aegypti, que tem hábitos urbanos e também é transmissor de outras doenças, como dengue, zika e chikungunya.
Esta matéria está em atualização
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