Governo arrecada R$ 209,2 bi em novembro de 2024, valor recorde para o mês

O governo federal arrecadou R$ 209,2 bilhões com impostos e contribuições no mês de novembro de 2024, segundo dados revelados nesta terça-feira (7) pela Receita Federal. O resultado corresponde ao maior valor nominal de toda a série histórica, iniciada em 1994, para o mês.

Como foi a arrecadação

Arrecadação foi a maior da história para meses de novembro. O total de R$ 209,2 bilhões obtido pelo governo federal representa uma alta nominal de 16,6%% na comparação com o resultado do ano anterior (R$ 179,4 bilhões), que marcava o recorde para o mês até então.

Total embolsado até novembro supera o de todo ano de 2023. No acumulado entre janeiro e novembro, a Receita contabiliza a arrecadação de R$ 2,391 bilhões. O valor é 14,6% maior ante o mesmo período de 2023 (R$ 2,089 bilhões) e já supera o total arrecadado em todo o ano anterior (R$ 2,182 bilhões).

Resultados também representam ganhos superiores à inflação. A arrecadação de novembro de 2024 aparece com um ganho real de 11,2%. Já no acumulado dos 11 primeiros meses do ano, a variação foi 9,8% acima do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apurado para o período.

Arrecadação federal de 2024 será a maior da história. Mesmo ainda sem a contabilização dos valores de dezembro, que tendem a ser divulgados no fim deste mês de janeiro, a soma de impostos e contribuições recolhidas pelo governo federal já supera a de todos os anos da série histórica.

Expectativas para a arrecadação de dezembro são positivas. Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita Federal, afirma que os dados recebidos até o momento permitem uma avaliação otimista sobre a última divulgação referente ao ano passado. “Os números parciais já estão indicando que o resultado será muito bom”, disse ele.

Por que a arrecadação cresceu

Fisco atribui desempenho arrecadatório a três fatores. Segundo a Receita, os resultados positivos podem ser explicados pelo desempenho macroeconômico positivo, o retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, a tributação dos fundos exclusivos e atualização de bens e direitos no exterior.

Projeções apontam que crescimento poderia ser menor. Sem considerar os efeitos “não recorrentes”, a exemplo da volta da tributação sobre os combustíveis, o Fisco avalia que haveria um crescimento acima da inflação de 11,03% na arrecadação contabilizada em novembro. Já no período acumulado, a alta real seria de 7,72%.

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