Cerca de 1 em cada 5 pacientes que tiveram Covid-19 relatam sintomas persistentes, diz estudo; ansiedade e cansaço são os mais comuns


Pesquisa aponta que 57,6% confiam na vacina, enquanto alguma desconfiança foi relatada por 27,3% da população. Dados mostram que 34,9% perderam o emprego e 21,5% interromperam os estudos pela doença. Pacientes que tiveram Covid-19 relatam ansiedade (33,1%), cansaço (25,9%), dificuldade de concentração (16,9%) e perda de memória (12,7%)
GETTY IMAGES via BBC
Cerca de um a cada cinco pacientes que tiveram Covid-19 no Brasil relatam sintomas persistentes da doença. De acordo com o estudo Epicovid 2.0, coordenado pelo Ministério da Saúde e realizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), 18,9% das pessoas que tiveram a doença em algum momento seguiram com sintomas mesmo depois de curadas.
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Segundo a pesquisa, os sintomas mais comuns da chamada “Covid longa”, que é o nome que se convencionou dar à presença de sintomas persistentes da doença, são:
ansiedade (33,1%)
cansaço (25,9%)
dificuldade de concentração (16,9%)
perda de memória (12,7%)
Ainda de acordo com a pesquisa, 28% dos entrevistados relataram ter tido a doença, dado que sugere que cerca de 60 milhões pessoas tenham sido infectados no Brasil.
O Epicovid 2.0 realizou 33.250 entrevistas em 133 cidades brasileiras. O estudo foi disponibilizado no site do Ministério da Saúde.
Segundo a pesquisa, 90,2% dos entrevistados receberam a vacina contra Covid, com pelo menos uma dose. Dos entrevistados, 84,6% completou o esquema vacinal com duas doses. A vacinação foi maior na região Sudeste, entre idosos, mulheres e pessoas com maior escolaridade e renda.
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O estudo aponta que 57,6% confiam na vacina, enquanto alguma desconfiança foi relatada por 27,3% da população. Outros 15,1% disseram ser indiferentes ao assunto.
Entre os que não se vacinaram, 32,4% disseram não acreditar na vacina e 0,5% sequer acreditam na existência do vírus. Outros 31% acham que a vacina poderia fazer mal à saúde.
Impactos sociais e econômicos
Cerca de 48% dos entrevistados disseram que tiveram redução na renda devido à pandemia, o que causou insegurança alimentar (quando o entrevistado não tinha garantia de se alimentar diariamente) para 47,4%.
Cerca de 34,9% perderam o emprego, e 21,5% interromperam os estudos durante a pandemia.
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