Verão de SC sem La Niña pode trazer surpresas climáticas em 2025

O verão de Santa Catarina em 2025 enfrentará uma situação inédita: a ausência do fenômeno La Niña, que historicamente influencia o clima na região. Segundo a NASA, o resfriamento necessário no Oceano Pacífico para a formação do La Niña não foi alcançado, com temperaturas registrando apenas -0,2ºC desde agosto, abaixo do necessário -0,5ºC por cinco meses consecutivos. Essa condição mantém o estado em uma fase de neutralidade, afastando os efeitos tradicionais de resfriamento e abrindo espaço para possíveis mudanças climáticas inesperadas.

Especialistas em meteorologia, como Marilene de Lima, da Epagri, alertam que a falta do La Niña não garante um verão perfeito. Sem a interferência do fenômeno, as massas de ar podem se manter por mais tempo sobre o estado, resultando em ondas de calor prolongadas, trovoadas frequentes e dias abafados. A meteorologista ressalta que a ausência do La Niña pode prolongar a ocorrência de sistemas climáticos que trazem tanto dias mais quentes quanto mais frescos, aumentando a instabilidade do tempo durante a estação.

Para o primeiro trimestre de 2025, o Fórum Climático de Santa Catarina prevê um janeiro mais chuvoso que a média, especialmente no litoral, enquanto fevereiro e março devem apresentar precipitação dentro do esperado e temperaturas altas típicas do verão. A ausência do La Niña, a primeira em mais de duas décadas, exige um acompanhamento detalhado das condições climáticas, já que a transição para um possível El Niño pode alterar significativamente os padrões de chuva e temperatura no estado. As autoridades recomendam que a população se prepare para um verão com características “normais”, mas potencialmente mais intensas devido à falta do fenômeno climático tradicional.

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.