Avaliação positiva do trabalho de Lula despenca de 43% para 27% em 2 anos

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Taxa dos eleitores que consideram o desempenho do presidente “ruim/péssimo” é de 33%; dados são de pesquisa PoderData

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está para completar 2 anos no Palácio do Planalto e seu trabalho é avaliado positivamente por 27% dos eleitores –o menor percentual em 24 meses. Esse são os que consideram o trabalho do petista “bom” ou “ótimo”. Essa taxa despencou 16 pontos percentuais desde o início do mandato, em janeiro de 2023, quando era de 43%.

Aqueles que avaliam o desempenho de Lula na Presidência como “ruim” ou “péssimo” são 33%. Na posse, eram 35%. Durante o mandato, os percentuais oscilaram dentro da margem de erro da pesquisa (2 p.p.). Atingiram o ponto mais alto em maio deste ano, quando chegou a 37%.

Há ainda 35% que declaram que o trabalho pessoal do petista como presidente é “regular”. Outros 4% não souberam responder.

PoderData também perguntou aos entrevistados como avaliam o governo (48% desaprovam e 45% aprovam). Veja:

Dados da pesquisa PoderData realizada de 14 a 16 de dezembro de 2024 mostram que a administração petista é desaprovada por 48% dos brasileiros –o maior percentual em 24 meses.

Além de ser o maior percentual de desaprovação registrado desde o início do mandato, em janeiro de 2023, a taxa também ficou numericamente acima do percentual de aprovação, que está em 45%. Há um empate técnico, pois a margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A taxa de percepção negativa do governo avançou 9 pontos percentuais desde a posse de Lula: foi de 39% a 48%. Já a avaliação positiva do governo caiu 7 pontos percentuais em 24 meses, de 52% para 45%.

O conjunto dos dados desta rodada do PoderData indicam que, apesar de falar em “união e reconstrução”, o presidente não conseguiu romper a polarização e avançar sobre o eleitorado que não votou nele em 2022 (ele foi eleito com 50,90% dos votos). Pior ainda para o petista é que os números mostram que ele perdeu uma parcela do grupo que o elegeu.

Uma parte do PT acredita que todo esse inferno astral seja culpa da comunicação. O próprio presidente já disse haver erro seu na área e declarou ser necessário fazer “correções”.

A pesquisa cujos dados são relatados neste post foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 14 a 16 de dezembro de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 192 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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