Veja quais são os 13 Estados com mais beneficiários do Bolsa Família do que empregados com carteira assinada

Em 13 Estados do Brasil, há mais beneficiários do Bolsa Família do que trabalhadores com carteira assinada. Esses números constam em relatórios do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS). O site Poder360 comparou os dados e os divulgou nesta sexta-feira, 29.

O Estado do Maranhão é onde a dependência do Bolsa Família é mais forte. Há 641 mil empregos com carteira assinada e cerca de 1 milhão de famílias maranhenses recebendo o benefício. Santa Catarina, por sua vez, é o Estado que menos depende do benefício. Ali há dez trabalhadores no mercado formal para cada beneficiário.

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  • 1º) Maranhão (1,2 milhão beneficiários; 640,5 mil empregados com carteira assinada; resultado: -580,8 mil);
  • 2º) Bahia (2,4 milhões de beneficiários; 2 milhões de empregados com carteira assinada; resultado: -422 mil);
  • 3º) Pará (1,3 milhão de beneficiários; 955 mil empregados com carteira assinada; resultado: -393 mil);
  • 4º) Piauí (607 mil beneficiários; 349 mil empregados com carteira assinada; resultado: -257 mil);
  • 5º) Paraíba (676,5 mil beneficiários; 487 mil empregados com carteira assinada; resultado: -189 mil);
  • 6º) Pernambuco (1,6 milhão de beneficiários; 1,4 milhão de empregados com carteira assinada; resultado: -150 mil);
  • 7º) Amazonas (647 mil beneficiários; 521 mil empregados com carteira assinada; resultado: -126 mil);
  • 8º) Ceará (1,4 milhão de beneficiários; 1,3 milhão de empregados com carteira assinada; resultado: -121 mil);
  • 9º) Alagoas (538 mil beneficiários; 444 mil empregados com carteira assinada; resultado: -94 mil);
  • 10º) Sergipe (385 mil beneficiários; 329 mil empregados com carteira assinada; resultado: -56 mil);
  • 11º) Amapá (118 mil beneficiários; 87 mil empregados com carteira assinada; resultado: -30 mil);
  • 12º) Acre (131 mil beneficiários; 104 mil empregados com carteira assinada; resultado: -26 mil); e
  • 13º) Rio Grande do Norte (505 mil beneficiários; 503 mil empregados com carteira assinada; resultado: -1,7 mil).
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Entenda o cenário

Antes da pandemia, eram oito Estados com mais benefícios que empregos formais. O número subiu para dez, em 2020; para 12, em 2022, com o Auxílio Brasil; e para 13, em 2023 — número que se manteve em 2024. Todos os Estados do Nordeste e quatro Estados do Norte se encontram nesta situação.

Apesar das estatísticas, houve uma redução geral na proporção no último ano. Em 25 Estados, o número de beneficiários em relação aos trabalhadores com carteira assinada diminuiu. As únicas exceções foram o Distrito Federal e Santa Catarina, onde a proporção já era baixa.

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Em janeiro de 2020, o Brasil tinha 39,6 milhões de trabalhadores com carteira e 13,2 milhões de beneficiários do Bolsa Família. O número de beneficiários subiu para 14,5 milhões em dezembro de 2021, quando o mercado de trabalho já havia se recuperado parcialmente do baque da pandemia de covid-19.

No ano eleitoral de 2022, esse número foi ampliado para 21,6 milhões. Ao menos 3 milhões dos 7 milhões de novos beneficiários foram incluídos no programa nos 3 meses que antecederam o pleito.

A rápida expansão de 49% no número de famílias beneficiárias gerou preocupações entre os economistas, que temiam que o cadastro acelerado pudesse comprometer a eficácia do programa.

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Além disso, houve um aumento temporário no valor do benefício em 2022, chegando a R$ 600. O valor tornou-se tornou permanente depois de um tempo. Em 2023, uma nova expansão elevou o valor médio para R$ 680.

O rápido aumento do Bolsa Família coincidiu com uma fragilização do trabalho em carteira assinada, com muitos trabalhadores migrando para o mercado informal. Com isso, em janeiro de 2023, para cada 2 empregos com carteira assinada, havia 1 beneficiário do Bolsa Família.

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Fonte : Revista Oeste

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