MPRS investiga caso em que sapo-cururu teve a boca colada

O Ministério Público de Passo Fundo investiga um caso de maus-tratos a um sapo-cururu encontrado com a boca colada no pátio de uma casa no bairro São Cristóvão, no último dia 4. O animal foi resgatado e passou por uma cirurgia no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF), onde segue em recuperação.

A médica veterinária Michelli Ataide, especialista em animais silvestres, informou que uma moradora da região viu o sapo no quintal de sua casa por dois dias consecutivos, notando seu comportamento incomum de tentar entrar no pote de água destinado aos cães. Ao se aproximar, a mulher percebeu que a boca do sapo estava colada e decidiu levá-lo para atendimento especializado.

Após a estabilização clínica, a equipe veterinária conseguiu remover a cola e constatou ferimentos internos, além de identificar a presença de um “corpo estranho” na boca do animal. Exames adicionais revelaram uma obstrução na porção final do estômago, a caminho do intestino. A origem desse objeto ainda é desconhecida, e a médica veterinária suspeita que ele possa ter sido colocado no sapo intencionalmente, possivelmente como parte de algum ritual.

O caso gerou repulsa pela crueldade, levando os profissionais do hospital a acionar o Ministério Público. O promotor Paulo Cirne, responsável pelas questões ambientais, afirmou que a situação configura maus-tratos, destacando o sofrimento causado ao animal.

Atualmente, o sapo-cururu, que é fêmea, está se recuperando bem da cirurgia e já se alimenta sozinho.

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