Empresário de Rio Preto é preso em operação contra fraudes em leite no RS


Sócio-proprietário de fábrica de laticínio foi preso em casa, em Rio Preto, durante operação Leite Compensado, deflagrada pelo Ministério Público de SP e do RS. Investigação indica que houve adulteração de produtos como leite, com adição de soda cáustica e água oxigenada. Duas armas e notas de reais, dólares e euros foram apreendidas por policiais, na casa de empresário em Rio Preto (SP), na manhã desta quarta-feira (11), em operação do MP que investiga adulteração de produtos lácteos em fábrica do RS
Ministério Público/Divulgação
Um empresário do ramo laticínio foi preso na manhã desta quarta-feira (11), em São José do Rio Preto (SP) em operação do Ministério Público contra a adulteração de produtos lácteos em fábrica no Rio Grande do Sul.
📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp
Antonio Ricardo Colombo Sader, sócio-proprietário da Dielat, foi preso em casa por policiais militares e promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Eles cumpriram mandados judiciais dentro da operação Leite Compensado, conduzida em conjunto com o MP-RS.
Com o empresário, os policiais apreenderam R$ 295 mil, 15 mil dólares e 5 mil euros, além de uma carabina e uma pistola registradas no nome dele.
Outras quatro pessoas foram presas preventivamente, em diversos endereços do Rio Grande do Sul, entre elas, o diretor da empresa, Tales Bardo Laurindo; um supervisor, Gustavo Lauck; e um engenheiro químico, Sérgio Alberto Seewald.
Uma mulher, que teria dito a funcionários para apagarem possíveis provas, foi presa em flagrante.
Leite Compensado: Mulher é presa em flagrante ao pedir para funcionários apagarem provas
Vítor Rosa/RBS TV
De acordo com o MP, a investigação indica que foi houve a adição de soda cáustica e água oxigenada em produtos como leite UHT, leite em pó e compostos lácteos. Essas substâncias são perigosas à saúde e usadas para reprocessar produtos vencidos e recuperar itens deteriorados.
A fábrica alvo da investigação está localizada no município de Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Conforme o MP, os produtos da Dielat têm ampla distribuição no Brasil e são exportados para a Venezuela. A empresa já venceu licitações para fornecer laticínios a escolas e a outros órgãos públicos. As marcas comercializadas no Brasil incluem Mega Lac, Mega Milk, Tentação e Cootall, enquanto na Venezuela os produtos levam o nome de Tigo.
Entre os presos, está o químico industrial Sérgio Alberto Seewald, conhecido como “alquimista” ou “mago do leite”, figura central em fraudes identificadas em fases anteriores da operação Leite Compensado. A Dielat teria contratado o químico para assessorar a produção.
De acordo com o MP, as fórmulas fraudulentas têm se tornado mais sofisticadas, permitindo que substâncias como soda cáustica e água oxigenada escapem de detecções iniciais da fiscalização de órgãos ligados ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Veja mais notícias da região em g1 Rio Preto e Araçatuba.
VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM
Adicionar aos favoritos o Link permanente.