Desconhecida mas diversificada planta brasileira promete ser alvo de bilhões em investimentos estrangeiros

Uma planta brasileira desconhecida por boa parte dos brasileiros cresce cada vez mais como foco e estudos, análises e também de futuros e bilionários investimentos, inclusive do mercado do exterior: A Macaúba.

Mas afinal, o que é Macaúba? Trata-se de uma planta típica do semiárido e do Cerrado brasileiro. Com nome científico de Acrocomia aculeata, trata-se de uma palmeira que alcança até 25 metros de altura e possui espinhos longos e pontiagudos. Ela pode ser encontrada em quase todo o Brasil e por isso é também conhecida por outros nomes, como bocaiúva, macaiba, coco-baboso e coco-de-espinho. Os frutos são importantes para a fauna nativa, pois alimentam araras, cotias, capivaras, antas e emas.

Com folhas de até 5 metros de comprimento, apresenta flores e frutos em cachos que podem chegar a 60 quilos. As flores atraem abelhas e os frutos, marron-amarelados, produzem óleo. A macaúba dá frutos quando alcança entre três e cinco anos de idade.

Utilidades

Seu aproveitamento vai do fruto até a madeira. A polpa e a farinha retirada de seus frutos são ricas em vitamina A e betacaroteno e podem ser usadas para fazer suco, sorvete, bolos, pães e doces. As folhas servem para a confecção de redes e linhas de pescaria. Já a madeira pode ser aproveitada para ser utilizada em casas e outras construções no campo.

O óleo da amêndoa é usado na produção de sabão, sabonete, margarina e cosméticos. O Brasil desenvolve pesquisas com a macaúba com foco na produção de biodiesel, combustível feito a partir de óleos vegetais.  

Biocombustível

E este passa a ser o maior alvo dos investidores. O Mubadala Capital, braço do fundo soberano da Arábia Saudita, está prestes a realizar um investimento monumental no Brasil. Com foco na conversão da chamada macaúba em biocombustível especial, o fundo planeja injetar R$ 12 bilhões nos próximos anos.

 O Mubadala Capital escolheu a região da fronteira entre Bahia e Minas Gerais, especialmente entre Montes Claros e Mataripe, como o epicentro de suas operações.

Um dos atrativos principais para o fundo árabe é a abundância da planta, que pode ocupar grandes áreas atualmente subutilizadas. Estima-se que mais de 200 mil hectares de terra serão dedicados à produção, o equivalente a 200 mil vezes o tamanho do Maracanã, além da criação de 5 hubs para o esmagamento do fruto nos próximos 15 anos.

Os impactos socioeconômicos dessa iniciativa são impressionantes, podendo atingir a marca de R$ 222 bilhões ao longo do período de investimento. A projeção é de que quase 100 mil empregos diretos e indiretos sejam gerados, promovendo um impulso significativo para a economia local.

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Fonte e fotos: AI 

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