Mulher que se passava por protetora para pedir Pix usava fotos de resgates de animais de outras cidades para enganar vítimas


Investigada usava as redes sociais para pedir doações. Ela foi presa durante uma operação da Polícia Civil em Itapetininga (SP), na quinta-feira (5). Mulher que se passava por ativista de proteção animal para pedir Pix na internet é presa em Itapetininga (SP)
Reprodução/Redes sociais
A mulher de 44 anos que se passava por ativista de proteção animal nas redes sociais para pedir doações via Pix e foi presa, na manhã de quinta-feira (5), em Itapetininga (SP), usava imagens verdadeiras de resgates feitos em outras cidades e estados para sensibilizar as pessoas e conseguir transferências em dinheiro, segundo a Polícia Civil.
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A suspeita, que se identifica em uma das redes sociais como Taty Susan, já chegou a fazer serviços voluntários para animais e era conhecida na cidade, mas foram as publicações mais recentes dela que chamaram a atenção de quem luta pela causa animal.
Delegada Júlia Nunes é a responsável pela operação do Setor de Proteção Animal (Sepa) da Polícia Civil de Itapetininga (SP)
Reprodução/TV TEM
De acordo com a delegada Júlia Nunes, a mulher usava imagens verdadeiras de resgates realizados para enganar as vítimas.
“Na verdade, esses animais nunca passaram pelas mãos delas, ou seja, foram resgates feitos em outras cidades, em outros estados, inclusive em 2022, 2023, que ela divulgou nas redes sociais como se fosse ela, enganando inúmeras pessoas, que acabaram se sensibilizando com os resgates e fazendo Pix para essa investigada.”
Ainda de acordo com a polícia, a mulher fazia publicações nas redes sociais havia pelo menos quatro meses. O número de vítimas e o prejuízo causado pela falsa protetora de animais ainda estão sendo investigados.
Mulher fingia ser ativista de proteção animal e pedia doações para ajuda de resgates em Itapetininga (SP)
Reprodução/Polícia Civil
A mulher foi levada à delegacia e aguarda a audiência de custódia. Ela deve responder pelos crime de estelionato qualificado, especificamente por fraude eletrônica. Caso seja condenada, a pena varia de quatro a oito anos de prisão.
Durante o cumprimentos dos mandados, a equipe de Proteção Animal também encontrou vidros com anabolizantes que pertencem ao filho da investigada. As substâncias foram apreendidas e levadas até a perícia para identificação e análise.
Ainda de acordo com a polícia, as investigações continuam para verificar as atividades suspeitas e encontrar possíveis cúmplices do crime.
Polícia Civil encontrou substâncias na casa da investigada
Reprodução/Polícia Civil
Preocupação
Quem luta todos os dias para tentar garantir uma melhor qualidade de vida aos animais resgatados, vítimas de maus-tratos, lamenta a situação e teme que as doações, que são essenciais, acabem diminuindo por isso.
É o caso da União Protetora dos Animais (Uipa), que, hoje, abriga aproximadamente 400 animais.
“As pessoas não podem generalizar. Devem procurar instituições e protetores sérios que existem, e não deixar que esse fato acabe prejudicando a causa animal”, defendeu Fernanda Nery, presidente da Uipa.
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